A conversa, mantida esta manhã por telefone, durou quase uma hora, tendo os dois responsáveis abordado "a guerra que continua a evoluir na Ucrânia e os esforços para lhe pôr fim", segundo um comunicado do porta-voz do chanceler alemão, Steffen Hebestreit.
Scholz também pediu a Putin "uma melhoria da situação humanitária" e mostrou-se a favor "de se procurar uma solução diplomática para o conflito", acrescentou o porta-voz.
O Presidente russo acusou, no entanto, a Ucrânia de "estar a arrastar" as negociações para uma solução do conflito e considerou que Kyiv tem "exigências irrealistas" para a retirada da Rússia.
"Foi notado que o regime de Kyiv está a tentar, por todos os meios, arrastar o processo de negociação, apresentando novas propostas irreais", disse a Presidência russa (Kremlin) num comunicado que visou resumir as declarações de Vladimir Putin a Olaf Scholz.
A última conversa telefónica entre os dois responsáveis aconteceu a 11 de março e contou também com a participação do Presidente francês, Emmanuel Macron.
Nessa altura, Putin acusou as forças "nacionalistas" ucranianas de violar o direito internacional humanitário nas áreas de hostilidades na Ucrânia após a ofensiva russa.
O Presidente russo pediu então aos dois líderes europeus que convencessem as forças "nacionalistas" a deixarem de violar o direito internacional humanitário, de acordo com a versão da conversa divulgada num comunicado do Kremlin.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou, até à data, pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos entre a população civil, incluindo várias dezenas de crianças, na sequência da ofensiva militar russa.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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