Scholz pediu cessar-fogo, Putin diz que Kyiv tem exigências irrealistas

O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu hoje ao Presidente russo que decrete rapidamente um cessar-fogo na Ucrânia, numa conversa telefónica em que Vladimir Putin considerou que Kyiv está a "arrastar" as negociações sobre o conflito e tem "exigências irrealistas".

Notícia

© Getty Images

Lusa
18/03/2022 11:20 ‧ 18/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

A conversa, mantida esta manhã por telefone, durou quase uma hora, tendo os dois responsáveis abordado "a guerra que continua a evoluir na Ucrânia e os esforços para lhe pôr fim", segundo um comunicado do porta-voz do chanceler alemão, Steffen Hebestreit.

Scholz também pediu a Putin "uma melhoria da situação humanitária" e mostrou-se a favor "de se procurar uma solução diplomática para o conflito", acrescentou o porta-voz.

O Presidente russo acusou, no entanto, a Ucrânia de "estar a arrastar" as negociações para uma solução do conflito e considerou que Kyiv tem "exigências irrealistas" para a retirada da Rússia.

"Foi notado que o regime de Kyiv está a tentar, por todos os meios, arrastar o processo de negociação, apresentando novas propostas irreais", disse a Presidência russa (Kremlin) num comunicado que visou resumir as declarações de Vladimir Putin a Olaf Scholz.

A última conversa telefónica entre os dois responsáveis aconteceu a 11 de março e contou também com a participação do Presidente francês, Emmanuel Macron.

Nessa altura, Putin acusou as forças "nacionalistas" ucranianas de violar o direito internacional humanitário nas áreas de hostilidades na Ucrânia após a ofensiva russa.

O Presidente russo pediu então aos dois líderes europeus que convencessem as forças "nacionalistas" a deixarem de violar o direito internacional humanitário, de acordo com a versão da conversa divulgada num comunicado do Kremlin.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou, até à data, pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos entre a população civil, incluindo várias dezenas de crianças, na sequência da ofensiva militar russa.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Leia Também: Chanceler alemão responsabiliza Putin por "soldados russos mortos"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas