O presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de "vários crimes de guerra", durante uma conversa ao telefone com o homólogo francês, Emmanuel Macron, esta sexta-feira. Putin garantiu ainda que as forças lideradas por Moscovo estão a fazer "todos os possíveis" para não atingir civis.
De acordo com um comunicado do Kremlin, durante esta chamada "chamou-se a atenção para os numerosos crimes de guerra cometidos diariamente pelas forças de segurança e nacionalistas ucranianos".
Putin assegurou que têm sido criados corredores humanitários para a "retirada segura" de civis, versão que Kyiv e os países ocidentais disputam, sustentando que as forças russas têm dificultado o auxílio a cidades cercadas e que os seus ataques visam alvos civis.
Os dois líderes também discutiram as negociações em curso entre Moscovo e Kiev, de acordo com o Kremlin.
Já de acordo com o Eliseu, Emmanuel Macron expressou a Vladimir Putin "extrema preocupação" com a situação em Mariupol, onde as reservas de água e alimentos estão quase esgotadas, e pediu "o levantamento do cerco e o acesso humanitário" à cidade.
Durante uma nova conversa telefónica entre o presidente francês e o presidente russo, que durou 1h10, Emmanuel Macron "exigiu novamente o respeito imediato pelo cessar-fogo" na Ucrânia, disse a presidência.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
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