"A questão do estatuto de neutralidade da Ucrânia e a sua não adesão à NATO constitui um dos pontos chave das negociações, é o ponto no qual as partes aproximaram o mais possível as suas posições", declarou Vladimir Medinski, citado pelas agências russas.
No entanto, referiu-se a "nuances" relacionadas com as "garantias de segurança" exigidas pela Ucrânia.
"Em relação à desmilitarização, diria 50/50", prosseguiu, mas referindo não poder revelar os detalhes das negociações e quando as delegações estão a "meio caminho" de um acordo sobre a questão.
A Rússia, que desde 24 de fevereiro conduz uma ofensiva contra o seu vizinho, está a promover, em paralelo, negociações com Kyiv para exigir ao país um estatuto de neutralidade semelhante ao da Suécia ou da Áustria, a recusa de uma adesão à NATO e uma desmilitarização e "desnazificação" do território ucraniano.
Na quarta-feira, a Ucrânia considerou permanecerem "profundas contradições" nas conversações russo-ucranianas, mas admitiu a possibilidade de um "compromisso".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,2 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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