"Escudo anti-Putin" para contrariar inflação e dependência energética

O primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, apresentou hoje várias medidas socioeconómicas contra a inflação e a dependência energética da Rússia, que apelidou de "escudo anti-Putin".

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© TTILA KISBENEDEK/AFP via Getty Images

Lusa
18/03/2022 18:00 ‧ 18/03/2022 por Lusa

Mundo

Polónia

Em conferência de imprensa, o chefe do Governo polaco referiu que "as turbulências económicas" que a guerra na Ucrânia provocou na economia da Polónia faz "com que seja o momento de implementar um escudo anti-Putin".

"Vamos chamá-lo assim convencionalmente, já que muitos dos problemas vêm da guerra provocada por ele [o Presidente russo, Vladimir Putin]", acrescentou Morawiecki.

O "escudo anti-Putin" contempla várias medidas para mitigar os efeitos da inflação adensada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, nomeadamente uma mensalidade extra para pensionistas e pessoas reformadas por incapacidade. A medida deverá ter impacto em dez milhões de pensionistas.

O chefe do executivo polaco também pretende implementar medidas adicionais para contrariar a inflação nos bens de primeira necessidade, apesar de não ter especificado que medidas serão.

Na agricultura, Morawiecki anunciou a distribuição de apoios públicos na ordem dos 100 euros por hectare para os proprietários de terrenos agrícolas, até um máximo de 50 hectares por proprietário. Este apoio também se vai aplicar aos produtores de gado, mas o máximo vai fixar-se nos 150 hectares.

"Hoje a Polónia está na vanguarda de todos os países que estão a tentar inspirar outros a deixar a dependência do gás, petróleo e carvão russos", declarou o primeiro-ministro polaco, aludindo a um plano energético que o país vai implementar para deixar de depender da energia russa.

"Temos de nos proteger contra os efeitos da chantagem de Putin", sustentou Morawiecki.

O plano contempla um investimento de 650 milhões de euros para recapitalizar a empresa estatal de gás, assim como a construção de uma central energética.

Leia Também: Polónia já recebeu mais de dois milhões de refugiados

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