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Assad visita Emirados pela primeira vez desde o início da guerra na Síria

O Presidente sírio, Bashar al-Assad, visitou hoje os Emirados Árabes Unidos (EAU), informou o seu gabinete, marcando a sua primeira viagem a um país árabe desde há pelo menos 11 anos, quando eclodiu a guerra civil na Síria.

Assad visita Emirados pela primeira vez desde o início da guerra na Síria
Notícias ao Minuto

21:42 - 18/03/22 por Lusa

Mundo Bashar al-Assad

Num comunicado publicado nas suas redes sociais, o gabinete diz que Bashar al-Assad reuniu-se com o vice-Presidente e primeiro-ministro dos EAU, Mohammed bin Rashid Al-Maktoum, para discutir o alargamento das relações bilaterais entre os dois países.

A agência de notícias estatal dos EAU, WAN, confirmou que o governante Mohammed bin Zayed Al Nahyan recebeu Bashar al-Assad no seu palácio em Abu Dhabi.

Na reunião o xeque Mohamed -- também Emir do Dubai -- disse que a "visita seria o início da paz e da estabilidade para a Síria e para toda a região [Golfo Pérsico]".

O relatório do encontro referiu que Assad informou Mohammed sobre os últimos acontecimentos na Síria e os dois líderes falaram de interesses mútuos no mundo árabe.

O momento envia o sinal mais claro até agora de que o mundo árabe está disposto a se encontrar com o chefe de Estado sírio, que tem sido amplamente evitado.

A Síria foi expulsa da Liga Árabe constituída por 22 membros e boicotada pelos seus vizinhos após o início do conflito em 2011.

Centenas de pessoas morreram e outras foram deslocadas. Muitas zonas do país foram destruídas e a reconstrução custará dezenas de mil milhões de dólares.

Os países árabes e ocidentais culpabilizaram o regime de Assad pela repressão mortal aos protestos que ocorreram há 11 anos, dando origem numa guerra civil, e apoiaram o lado da oposição nos primeiros dias do conflito.

Com a guerra num impasse e Assad a recuperar o controlo da maior parte do país graças à assistência militar dos aliados Rússia e Irão, os países árabes aproximam-se para restaurar as relações com líder sírio nos últimos anos.

Leia Também: EUA veem "poucas provas" de que Rússia esteja a recrutar na Síria

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