"Só temos comida até ao fim de semana"
As filhas do rei da Arábia Saudita, que são mantidas em cativeiro pelo pai há 13 anos, revelaram ao El Pais que os alimentos que têm estão a acabar. “Só temos comida até ao fim de semana. Querem matar-nos de fome”, denunciou a princesa Sahar, de 42 anos.
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Mundo Arábia
O testemunho emocionante foi dado ao El País, via internet, pela princesa Sahar, uma das quatro filhas do rei da Arábia Saudita que vivem em cativeiro há 13 anos.
“Está a acabar a comida. Querem matar-nos de fome”, acusou a princesa, que acrescentou ainda que “estamos em prisão domiciliária absoluta. Continuam sem nos deixar sair e nem sequer nos dão comida.
A princesa que vive na companhia de uma das irmãs, Jawaher, de 38 anos, revelou ainda que têm medo de comer o que lhes é dado no palácio. “No passado já nos puseram drogas na comida”, revelou.
Até há pouco tempo, Sahar e a irmã podiam sair de casa de dois em dois meses para ir às compras. Agora já nem essa liberdade têm.
Pior que a falta de alimentos é a falta de água, já que esta não é potável na Arábia Saudita, e as duas irmãs têm já poucas garrafas de água.
As outras duas filhas do rei, Maha, de 41 anos, e Hala, de 39, vivem juntas noutro complexo do palácio de Al Murjan, em Yeddah, e estão proibidas de contactar com Sahara e Jawaher.
A mãe das princesas, que está divorciada do rei, pediu ajuda a Barack Obama que hoje esteve reunido com o rei Abdullah.
“Como mãe, espero que seja capaz de libertar as quatro filhas que estão presas pelo próprio pai, o rei, há mais de 13 anos, e que cujo futuro foi deitado a perder”, escreveu a princesa Alanoud na página do Twitter do presidente norte-americano.
A mulher de 57 anos, que casou com o rei Abdullah aos 15 anos, tem utilizado as redes sociais para denunciar o cativeiro das filhas. A imagem apresentada foi publicada por Alanoud na internet, como uma forma de chamar a atenção da comunidade internacional.
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