A implantação pela China de "instalações de defesa nacional necessárias no seu próprio território é um direito de todos os países soberanos e está de acordo com a lei internacional, que é irrepreensível", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, em conferência de imprensa.
As atividades militares dos EUA na área visam "provocar problemas e fazer provocações", acusou Wang. "Isto ameaça seriamente a soberania e a segurança dos países costeiros, e mina a ordem e a segurança da navegação no Mar do Sul da China", acrescentou.
No domingo, o comandante para o Indo-Pacífico dos EUA, o almirante John C. Aquilino, disse que a China instalou nas ilhas sistemas de mísseis anti-navios e antiaéreos, e equipamentos de laser que visam interferir com jatos de combate.
Aquilino disse que as ações hostis contrastam fortemente com as garantias anteriores, dadas pelo Presidente chinês, Xi Jinping, de que Pequim não transformaria em bases militares as ilhas artificiais em águas contestadas.
"Acho que nos últimos 20 anos testemunhamos o maior acúmulo militar desde a Segunda Guerra Mundial pela RPC (República Popular da China)", disse Aquilino, citado pela agência Associated Press.
"Eles avançaram todas as suas capacidades, e esse acúmulo de armamento está a desestabilizar a região", argumentou.
A China reivindica praticamente todo o Mar do Sul da China. Pequim recusa-se a reconhecer as reivindicações territoriais dos países vizinhos e rejeitou as conclusões de um tribunal de arbitragem apoiado pela ONU, que invalidou as reivindicações históricas da China, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
As ilhas artificiais totalmente militarizadas estão entre as sete que a China construiu nos últimos anos, empilhando areia e cimento sobre recifes de coral, o que causou grandes danos ao ambiente marinho.
Leia Também: Fotografia da NASA mostra rover da China a explorar Marte