O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou hoje a cidadãos de todo o mundo que saiam às ruas, a partir desta quinta-feira, em protesto contra a invasão russa.
Num vídeo gravado, desta vez, também em inglês, Zelensky assinala um mês desde o início da guerra e defende que esta não é apenas contra a Ucrânia.
"O seu significado é muito mais abrangente. A Rússia iniciou uma guerra contra a liberdade como a conhecemos. Isto é apenas o início, para a Rússia, no território ucraniano", afirma o presidente ucraniano no vídeo.
Na visão de Zelensky, a Rússia "está a tentar derrotar a liberdade de todas as pessoas na Europa, de todas as pessoas do mundo" e a tentar mostrar também que "as pessoas não importam".
"Essa é a razão pela qual devemos parar a Rússia. O mundo tem de parar a guerra", alertou.
Sem deixar de agradecer a todos os que têm apoiado a Ucrânia, Zelensky sublinha que a guerra continua, assim como os atos de terror contra o povo. "Já lá vai um mês", aponta o líder ucraniano.
Parte-me o coração, o coração de todos os ucranianos e o coração de todas as pessoas livres do planeta", diz ainda. "É por isso que vos peço que se ergam contra a guerra. A partir do dia 24 de março, exatamente um mês depois da invasão russa. A partir desse dia e depois. Mostrem a vossa posição. Saiam dos vossos escritórios, das vossas casas, das vossas escolas e universidades. Venham em nome da paz. Venham com símbolos ucranianos, para apoiar a Ucrânia, para apoiar a liberdade, para apoiar a vida. Venham para as vossas praças, para as vossas ruas."O apelo do presidente ucraniano surge horas antes de se assinalar um mês desde que teve início a ofensiva russa.
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"Todos devemos parar a Rússia. O mundo deve parar a guerra. Sou grato a todos que trabalham em prol da Ucrânia, em prol da liberdade. Mas a guerra continua. O terror contra civis continua. Faz um mês! Tanto tempo!", escreveu Zelensky na legenda que acompanha o vídeo, partilhado no Instagram.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de março pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,6 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a maior e mais rápida crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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