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Zelensky volta a avisar sobre "risco real" de uso de armas químicas

O risco do uso em larga escala de armas químicas pela Rússia no território da Ucrânia "é muito real", disse hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa intervenção por videoconferência durante a cimeira do G7, que decorreu em Bruxelas.

Zelensky volta a avisar sobre "risco real" de uso de armas químicas
Notícias ao Minuto

17:34 - 24/03/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

Os líderes das sete principais economias mundiais (G7) reuniram-se hoje na capital belga, que esta quinta-feira também foi palco, durante o período da manhã, de uma cimeira extraordinária da NATO e que recebe, a partir desta tarde, um Conselho Europeu, marcado pela histórica presença do Presidente norte-americano, Joe Biden.

O aviso de Zelensky, que também fez uma intervenção na cimeira da NATO, acontece um dia depois de Joe Biden ter usado a mesma expressão "ameaça real" sobre a eventualidade de Moscovo recorrer a armas químicas no conflito da Ucrânia.

A NATO e os países ocidentais têm alertado repetidamente a Rússia contra o uso de armas químicas na Ucrânia, temendo esse cenário por causa das repetidas acusações de Moscovo de que Washington e Kiev montaram laboratórios destinados a produzir armas biológicas e químicas em solo ucraniano.

Já em 10 de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tinha alertado para o facto de que os russos estavam a preparar-se para uma manobra de "falsa bandeira", com recurso a armas químicas.

Esta semana, as forças militares ucranianas e o próprio Zelensky denunciaram o uso de bombas de fósforo branco -- proibidas pelos tratados internacionais -- nos arredores de Kiev.

Nos últimos anos, o Ocidente atribuiu a Moscovo dois casos de envenenamento com recurso a um agente nervoso da era soviética, Novichok, visando o opositor agora preso Alexei Navalny (2020) e o ex-espião russo Sergei Skripal, no Reino Unido (2018).

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 1.035 mortos e 1.650 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,6 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Von der Leyen e Biden reúnem amanhã para debater cooperação

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