Míssil norte-coreano. EUA e aliados convocam Conselho de Segurança da ONU
Os Estados Unidos da América (EUA) e aliados pediram hoje uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em resposta ao lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte.
© Michael M. Santiago/Getty Images)
Mundo Conselho de Segurança
Em causa está o primeiro teste com este tipo de armamento que Pyongyang realizou em quase cinco anos.
Fontes diplomáticas disseram à agência espanhola Efe que os EUA, Albânia, França, Irlanda, Noruega e Reino Unido querem que o Conselho de Segurança se reúna na sexta-feira e que o faça à porta aberta, após as últimas sessões sobre testes de mísseis norte-coreanos terem sido privadas.
A porta-voz da delegação norte-americana, Olivia Dalton, enfatizou que o novo teste de armas pela Coreia do Norte é outra "violação flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
Também a própria ONU condenou "fortemente" o disparo do míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte e pediu a Pyongyang que cesse qualquer ação considerada "contraproducente" e que faça aumentar as "tensões" na Ásia.
"O lançamento de um míssil de longo alcance representa o risco de uma grande escalada de tensões na região", afirmou o porta-voz do secretário-geral da ONU, em comunicado.
António Guterres exortou a Coreia do Norte a "não tomar mais ações contraproducentes", disse ainda o porta-voz do secretário-geral.
Pyongyang lançou hoje um míssil balístico intercontinental que, segundo o Exército sul-coreano, voou cerca de 1.080 quilómetros, atingindo uma altura máxima de cerca de 6.200 quilómetros antes de cair no Mar do Japão (chamado de Mar do Leste, nas duas Coreias).
Este é o primeiro projétil desse tipo disparado pela Coreia do Norte em quase cinco anos e o teste significa uma nova rutura da moratória que havia sido autoimposta nesta área antes da sua primeira cimeira com os EUA, em 2018.
Com o de hoje, já são 12 os testes de armas que Pyongyang levou a cabo até agora desde o início deste ano, o que mais uma vez fez disparar a tensão na região.
O Conselho de Segurança da ONU - que proibiu a Coreia do Norte de realizar esse tipo de teste - reuniu-se à porta fechada após cada um desses testes, mas não ofereceu nenhuma resposta oficial face à divisão que existe no seu seio, com a China e a Rússia muito longe das posições defendidas pelos Estados Unidos e aliados.
O Ocidente, por sua vez, criticou duramente os testes e insistiu na necessidade de Pyongyang abandonar este tipo de "provocações" e voltar ao caminho do diálogo.
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