EUA e UE prometem avançar com mais de 1,4 milhões em ajuda humanitária

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) disponibilizaram-se hoje a avançar com 1,4 mil milhões de euros em ajuda humanitária para apoiar a população ucraniana a enfrentar os "graves impactos" da guerra na Ucrânia provocada pela Rússia.

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Lusa
24/03/2022 22:20 ‧ 24/03/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Continuamos a mobilizar e coordenar ajuda humanitária significativa para apoiar as pessoas dentro da Ucrânia, aqueles que foram forçados a fugir e aqueles que foram afetados pelos graves impactos que a guerra da Rússia está a causar em todo o mundo", salientam a líder da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente norte-americano, Joe Biden, numa declaração publicada esta noite.

"Isto inclui mais de mil milhões de dólares [cerca de 900 milhões de euros, no câmbio atual] em assistência humanitária que os Estados Unidos estão dispostos a fornecer e 550 milhões de euros da UE", acrescentam.

Ao mesmo tempo, de acordo com Ursula von der Leyen e Joe Biden, "os Estados Unidos e a UE estão a coordenar estreitamente para assegurar que os seus esforços em matéria de proteção temporária e admissão humanitária, incluindo a reinstalação ou transferências, sejam complementares e forneçam o apoio muito necessário aos vizinhos da Ucrânia".

Além disso, Washington e Bruxelas "estão a apoiar o trabalho de peritos em documentação de crimes de guerra que estão a recolher provas no terreno na Ucrânia", adiantam.

A posição foi divulgada no dia em que Joe Biden esteve presencialmente em Bruxelas para participar em cimeiras na NATO, do G7 e no arranque dos trabalhos do Conselho Europeu.

Entretanto, numa outra declaração conjunta divulgada esta noite, Joe Biden e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacam as "necessidades urgentes causadas pela agressão da Rússia", bem como "o empenho [dos dois blocos]em continuar a prestar assistência humanitária, incluindo aos países vizinhos que acolhem refugiados".

Além disso, Biden e Michel "saúdam a abertura de investigações internacionais, incluindo pelo Procurador do Tribunal Penal Internacional, e os esforços em curso para recolher provas de atrocidades", segundo a nota.

Neste primeiro dia de Conselho Europeu, a agenda é dominada pela política externa e, principalmente, pela Ucrânia, em altura de aceso conflito armado no país devido à invasão russa e quando os Estados Unidos e a UE manifestam unidade para o exterior.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Von der Leyen e Biden querem travar Rússia de pagar guerra com ouro

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