"Os nossos soldados bielorrussos compreendem que os ucranianos são nossos irmãos e irmãs e não queremos lutar contra eles", disse Tikhanovskaya numa reunião com a comunidade bielorrussa em Varsóvia, citada pela agência de noticias France-Presse (AFP).
"Não queremos tornar-nos inimigos", acrescentou.
A Bielorrússia é governada por Alexander Lukashenko, um aliado próximo do presidente russo Vladimir Putin que é fortemente dependente de Moscovo.
Na guerra que começou há um mes, a Bielorrússia deu a Moscovo uma vantagem estratégica fundamental ao permitir às tropas russas atacar a Ucrânia a partir do seu território, mas até agora não participou diretamente no conflito, refere a AFP.
Os soldados bielorrussos "não têm de partilhar a responsabilidade pelas ações do regime de Lukashenko", insistiu Tikhanovskaya.
A líder da oposição bielorussa elogiou os voluntários do seu país que estão a participar no conflito ao lado dos ucranianos: "Temos muito orgulho neles. Estão a defender a independência da Ucrânia, mas também estão a defender o nosso futuro.
Tikhanovskaya reclamou a vitória sobre Lukashenko nas eleições presidenciais de 2020, vendo-se obrigada a fugir para a vizinha Lituânia após Lukashenko ter lançado uma sangrenta repressão contra a oposição.
Lukashenko está no poder na Bielorrússia desde 1994.
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