Assinala-se esta quinta-feira um mês desde o início da invasão russa da Ucrânia, que já provocou a morte de mais de mil civis, de acordo com a ONU, e a deslocação de mais de 10 milhões de ucranianos.
Algumas imagens de satélite da Maxar Technologies, captadas entre o ano passado e este mês, mostram o rasto de destruição causado pela invasão militar no país.
Sumy, localizada a 350 quilómetros a leste de Kyiv, tem sido palco de confrontos intensos há várias semanas.
Nesta cidade, no nordeste da Ucrânia, o cenário verdejante que rodeava casas e prédios no verão passado contrasta com a imagem mais recente, que mostra complexos de apartamentos queimados e numerosos escombros.
Mariupol, uma cidade que está militarmente cercada pelas tropas russas, é apontada como um dos principais objetivos da ofensiva militar, uma vez que permite ligar as regiões separatistas do Donbass à península da Crimeia, anexada em 2014 por Moscovo. Além disso, possui o maior porto da região do Mar de Azov e importantes fábricas do setor metalúrgico.
As imagens de satélite mostram também o antes e o depois da zona comercial de Mariupol.
Na mesma cidade, vários hospitais já foram bombardeados pelas tropas russas desde o início da invasão. Estas duas imagens, separadas por pouco mais de um par de dias, dão conta de como ficaram as instalações do Hospital n.º3 de Mariupol. Os edifícios afetados foram identificados como a maternidade, a ala pediátrica e o departamento de oftalmologia.
O ataque fez pelo menos três mortos e 17 feridos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 1.035 mortos, dos quais 81 crianças e 1.650 feridos entre a população civil, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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