A 94.ª edição dos Óscares, que terá lugar na madrugada deste domingo, não vai deixar passar em branco a invasão russa da Ucrânia, que já vem a decorrer há mais de um mês. Numa conferência de imprensa virtual, citada pela CNN, o produtor executivo da cerimónia, Will Packer, reconheceu tratar-se de "um momento na história da humanidade" e que estão "cientes disso".
"Por isso não se avança para um espetáculo como este, creio, sem ter isso em mente e sem encontrar uma forma de o reconhecer respeitosamente e onde estamos e quão afortunados somos por poder organizá-lo", referiu.
Os Óscares vão ocorrer no meio de um conflito devastador e mais de dois anos depois do início da pandemia de Covid-19 - esta última que Packer considera parecer que "foi há décadas".
"Pensamos nas dificuldades e desafios de fazer um espetáculo como este o ano passado - e não estamos completamente fora dessa situação pandémica ainda e temos outros desafios agora - e depois pensamos no cenário mundial. Vamos reconhecer essas coisas e fazê-lo de uma forma que seja respeitosa e que mostre o quão agradecidos estamos", acrescentou.
O produtor considerou ainda que uma forma "de estar agradecido é garantir que esta oportunidade é usada para ser uma celebração, para ser uma libertação e um escape para quem precisar".
A apresentação da cerimónia dos Óscares, deste ano, vai ficar a cargo de Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall. Anteriormente, Schumer já tinha sugeridos aos produtores que tentassem ter o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a marcar presença por videochamada.
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