O Presidente João Lourenço deslocou-se hoje ao quartel-general do Exército, onde decorreu o velório de Paulo Lara, deixando um ramo de flores junto à urna e assinando no final da cerimónia fúnebre o livro de condolências, segundo uma nota partilhada na página oficial da Presidência no Facebook.
No livro, João Lourenço exprimiu o seu pesar pela morte prematura de Paulo Lara, um dos mais "distintos quadros militares" de Angola, "nacionalista convicto e um notável promotor do conhecimento do caminho glorioso" que levou a independência do país.
Destacou igualmente o trabalho de recolha de documentação e testemunhos sobre a luta pela independência de Angola, no âmbito da Associação Tchiweka de Documentação (ATD), de que foi cofundador e um dos seus principais impulsionadores.
Tchiweka era também o nome de guerra do histórico dirigente e antigo fundador do MPLA o nacionalista Lúcio Lara, pai de Paulo Lara.
Paulo Lara, que morreu em 22 de março de 2022, no Porto, por motivo de doença, aos 65 anos de idade, iniciou a vida militar em 1972, na província de Cabinda.
Depois de se reformar do exército, Paula Lara dedicou-se à docência e integrou o Centro Avançado de Estudos Africanos da Universidade Agostinho Neto.
Destacou-se também pela investigação que realizou sobre o período da luta armada de libertação nacional e como mentor e diretor do projeto 'Trilhos da Independência', que visou recolher e preservar documentos relevantes da memória do período da história de Angola e da luta de todos os povos sob ocupação colonial, segundo uma nota do Bureau Político do Comité Central do MPLA.
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