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Covid-19. Boris deve ter vergonha e demitir-se, dizem famílias de vítimas
Centenas de famílias reuniram-se no National Covid Memorial Wall, em Londres, para marcar o primeiro aniversário do mural - que junta cerca de 150 mil corações desenhados à mão, um por cada vítima da pandemia
© Getty Images
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00:01 - 30/03/22 por Notícias ao Minuto
Mundo Partygate
Os familiares das vítimas mortais da pandemia de Covid-19 no Reino Unido afirmaram, esta terça-feira, que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deve ter “vergonha” e demitir-se por causa do caso ‘Partygate’, em que o número 10 de Downing Street está acusado de realizar mais de uma dezena de festas durante o período de confinamento.
Esta terça-feira, no mesmo dia em que a Polícia Metropolitana de Londres anunciou que 20 pessoas serão multadas como consequência da investigação sobre festas ilegais do governo, centenas de famílias reuniram-se no National Covid Memorial Wall, em Londres, para marcar o primeiro aniversário do mural - que junta cerca de 150 mil corações desenhados à mão, um por cada vítima da pandemia - e para prestar homenagem a todas as pessoas que morreram devido à doença.
Durante uma procissão silenciosa, os participantes foram acompanhados pelos deputados Afzal Khan e Rosena Allin-Khan, do Partido Trabalhista. No fim, entregaram uma petição em Downing Street para tornar o mural permanente.
À agência de notícias PA, Michelle Rumball, que perdeu a mãe em 2020, afirmou em lágrimas que “as multas são insuficientes”. “Acho que deviam ter perdido os empregos. [Pessoas] morreram e mesmo assim eles estavam a dar festas”, considerou.
Já Amanda Herring Murrell, que perdeu o irmão durante o primeiro confinamento, acusou o primeiro-ministro de mentir “ao parlamento” e a “todos os cidadãos do Reino Unido”. “Ele deve manter a sua cabeça envergonhada porque ele devia demitir-se”, afirmou.
Um jovem de 19 anos, que viu o pai morrer devido à Covid-19, descreveu as festas como “um insulto” para todas as pessoas que perderam “alguém querido” durante a pandemia e que Boris Johnson deve “definitivamente” demitir-se. “Especialmente, quando havia limites de 30 pessoas nos funerais. É um insulto para nós e para qualquer pessoa aqui hoje”, atirou.
Sublinhe-se que ainda não foi confirmado se Boris Johnson está entre as 20 pessoas multadas pelas autoridades britânicas.
Leia Também: Covid-19: China aperta restrições a quem chega do estrangeiro
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