MNE russo Sergei Lavrov diz que as negociações "devem continuar"

O governante salientou que ainda não existe "plano aprovado", mas que se observou um "movimento" em termos de reconhecimento da Ucrânia de que não podem fazer parte de um bloco como a União Europeia.

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Beatriz Cavaca
01/04/2022 12:24 ‧ 01/04/2022 por Beatriz Cavaca

Mundo

Ucrânia/Rússia

O ministro dos negócios estrangeiros russo, Sergei Lavrov falou hoje numa conferência de imprensa na Índia, em Nova Deli, e afirmou que apesar de se registar avanços, as negociações "devem continuar" com a Ucrânia.

Salientou, também, que ainda não existe "plano aprovado", mas que se observou um "movimento" em termos de reconhecimento de que a Ucrânia não pode fazer parte de um bloco como a União Europeia e não pode ter poder nuclear.

Acrescentou haver "muito mais compreensão dos ucranianos" sobre a posição da Rússia no Donbas e na Crimeia. Disse, além disto, que as transações em rublos fazem sentido porque os parceiros ocidentais são "muito pouco confiáveis".

Afirmou, por fim, que as sanções impostas à Rússia são algo "inadmissível" e que o ocidente se refere a este conflito como uma guerra, algo que na sua ótica "não é verdade". Esclarece que o objetivo da Rússia é fazer "uma operação especial que está a ser conduzida com a máxima atenção para não causar nenhum dano à infraestrutura civil".

Recorde-se que a Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária no país.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e reportada em inúmeras imagens, vídeos e testemunhos que no último mês marcaram os destaques deste e de outros meios de comunicação em todo o mundo, o que prova que a narrativa russa não se coaduna com a realidade.

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