Ucrânia: Retirados 2.700 civis de Lugansk, diz autarca
As autoridades ucranianas retiraram hoje 2.700 civis da região oriental de Lugansk, controlada em parte pelo exército russo e por forças separatistas, anunciaram fontes locais.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
Serhiy Hayday, presidente da província, numa publicação na sua conta no Facebook acompanhada de fotos da operação, acrescentou que a evacuação decorreu "debaixo de fogo do exército russo".
Dos 2.700 retirados, cerca de 1.800 eram provenientes da cidade de Lychysansk e arredores, enquanto várias centenas deixaram Severodonetsk e grupos menores de outras cidades da região, acrescentou.
Hayday explicou que hoje foi possível fornecer "várias toneladas de ajuda humanitária", incluindo alimentos, medicamentos e produtos de higiene à população que optou por permanecer na região, onde decorrem muitos combates.
Aquele responsável acrescentou que as operações de evacuação não terminam hoje e que todas as manhãs haverá autocarros à espera de moradores que queiram deixar a região para aguardar o fim dos combates numa zona mais segura.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuck, anunciou hoje de manhã que ao longo do dia as autoridades ucranianas esperam abrir sete corredores humanitários, dois deles para permitir a saída de civis de Mariupol e Berdyansk, na costa do Mar de Azov, com destino a Zaporijia.
Iryna Vereshchuck acrescentou que os outros cinco corredores destinam-se a retirar os residentes de Rubizhne, Nishnye, Severodonetsk, Popasna e Lysychansk, na região de Lugansk, todos com destino a Bajmut, na província de Donetsk.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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