Iémen: Cessar-fogo de dois meses entrou em vigor

Uma trégua de dois meses entrou hoje em vigor entre as partes em conflito na guerra do Iémen, que opõe rebeldes houthis contra forças pró-governo por quase oito anos, anunciou hoje a Organização das Nações Unidas.

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Lusa
02/04/2022 18:04 ‧ 02/04/2022 por Lusa

Mundo

Iémen

"A trégua de dois meses entrou em vigor às 19 horas (16 horas de Lisboa). A partir desta noite, todas as operações militares aéreas, navais e terrestres devem cessar", disse o enviado da ONU Hans Grundberg, citado em comunicado.

Um cessar-fogo de dois meses no Iémen proposto pelo enviado especial da ONU para o país, Hans Grundberg, foi aceite na sexta-feira pelas partes em conflito.

"As partes aceitaram suspender todas as operações militares ofensivas aéreas, terrestres e marítimas dentro do Iémen e além das suas fronteiras", disse o enviado especial da ONU, numa referência a ataques perpetrados pela minoria rebelde Huthi no território contra os países que integram a coligação militar internacional liderada pela Arábia Saudita que intervém desde 2015 na guerra civil do Iémen, iniciada em 2014, e também pelos Emirados Árabes Unidos.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou o cessar-fogo, considerando que permite "uma pausa há muito esperada pela população", embora considere que "não é suficiente".

O acordo entre as forças pró-governo e os rebeldes Huthis contém "decisões importantes, mas que não são suficientes", referiu na sexta-feira o chefe de Estado norte-americano em comunicado de imprensa.

A guerra civil iemenita, que começou em 2014 quando os Huthis tomaram vastas parcelas de território do norte e oeste do país, incluindo a capital, fez centenas de milhares de mortos em mais de sete anos -- não só vítimas dos combates, como também de causas indiretas, como falta de água potável, fome e doenças -, pelo que é considerada pela ONU a maior catástrofe humanitária do planeta, com milhões de pessoas à beira da fome e "mais de 80% da população a precisar de ajuda humanitária".

Leia Também: Iémen: Biden elogia cessar-fogo mas lembra que "não é suficiente"

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