A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirmou esta segunda-feira que as denúncias de casos de violação sexual e assassínios de civis ucranianos por tropas russas na Ucrânia são “repreensíveis”.
“Os relatos de civis ucranianos que foram mortos, violados e gravemente feridos por tropas russas são mais do que repreensíveis”, começou por afirmar aos jornalistas, em Wellington. “A Rússia deve responder ao mundo pelo que fez”.
A responsável disse ainda que o seu governo está a considerar implementar mais medidas para apoiar a Ucrânia e que pretende enviar uma “mensagem forte a Moscovo”, que acusa de “crimes de guerra”.
“Certamente, o que nós, enquanto comunidade internacional, estamos a ver são evidências de crimes de guerra pelas mãos da Rússia. Cabe ao Tribunal Penal Internacional fazer essa determinação mas a Nova Zelândia apoia quem está a reunir as evidências garantido que a Rússia é responsabilizada”, afirmou.
Os primeiros relatos dos crimes surgiram no sábado, quando um repórter da agência de notícias AFP, reportou que foram encontrados os corpos de pelo menos 20 homens vestidos com roupas de civis alinhados numa rua de Busha.
No domingo, a organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou que em zonas da Ucrânia sob controlo da Rússia foram cometidas "execuções sumárias" e "outros abusos graves".
Assinala-se, esta segunda-feira, o 40.º dia da invasão russa da Ucrânia. O conflito já causou a morte a pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo dados confirmados pela ONU, que estima que o número real de vítimas civis seja muito maior.
Leia Também: AO MINUTO: 7 mortos em ataque a Kharkiv; Russos começam a deixar Sumi