Depois dos Estados Unidos, foi a vez da ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Liz Truss, pedir, esta segunda-feira, a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas (ONU).
O apelo da governante britânico surge numa altura em que os vários líderes mundiais condenam o massacre em Bucha, nos arredores de Kyiv, onde foram encontrados corpos de civis e valas comuns depois da retirada dos russos.
Numa mensagem no Twitter, Liz Truss disse que a Rússia "não pode continuar a ser membro do Conselho de Direitos Humanos", depois de "fortes provas de crimes de guerra" na Ucrânia.
"A Rússia tem de ser suspensa". Na curta publicação, Truss também classificou o massacre como um cenário de "carnificina horrenda".
Given strong evidence of war crimes, including reports of mass graves and heinous butchery in Bucha, Russia cannot remain a member of the UN Human Rights Council.
— Liz Truss (@trussliz) April 4, 2022
Russia must be suspended.
Esta segunda-feira, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, fez o mesmo pedido, considerando que "os membros das forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia e devem ser responsabilizados".
O Kremlin continua a negar qualquer responsabilidade, acusando mesmo os ucranianos de "provocações" e de encenarem o incidente e as imagens - à semelhança do que já tinham feito com a maternidade bombardeada em Mariupol.
Os números da ONU apontam para mais de 1.300 mortos civis, mas a organização alerta que o número real poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar mortos em zonas cercadas e bombardeadas pelos russos.
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