Ucrânia. Guerra fez já 3.527 vítimas civis, incluindo 1.430 mortos

A invasão russa da Ucrânia já fez pelo menos 3.527 vítimas civis, incluindo 1.430 mortos e 2.097 feridos, a maioria das quais atingidas por armamento explosivo de grande impacto, indicou hoje a ONU.

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Lusa
04/04/2022 17:12 ‧ 04/04/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

No relatório diário de vítimas civis confirmadas desde o início da ofensiva militar russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabilizou, até às 24:00 de domingo (hora local), 121 crianças entre os mortos e 178 entre os feridos.

A Alto-Comissariado da ONU acredita que estes dados sobre as vítimas civis estão, contudo, muito aquém dos números reais, sobretudo nos territórios onde os ataques intensos não permitem recolher e confirmar a informação.

É o que acontece, por exemplo, em Mariupol e Volnovakha (região de Donetsk), Izium (região de Karkiv), Popasna (região de Lugansk) e Irpin (região de Kyiv), onde há alegações de numerosas baixas civis ainda por confirmar e que por isso não estão incluídas nas estatísticas da ONU.

O ACNUDH refere ainda que "a maioria das baixas civis foi causada pela utilização de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de lançamento múltiplo de 'rockets', e por ataques aéreos e de mísseis".

A guerra na Ucrânia já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Leia Também: Líderes locais descrevem "tensão" em Donbass e destruição de Mariupol

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