São Tomé acolhe encontro de mulheres africanas em altos cargos políticos
Cerca de 120 mulheres africanas e de ascendência africana que ocuparam cargos de Presidente da República, primeira-ministra e outras funções de relevo estarão reunidas em São Tomé e Príncipe em outubro, anunciou hoje fonte oficial.
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Mundo Conferência
Trata-se do primeiro encontro transatlântico que pretende reunir mulheres africanas e de ascendência africana que exercem ou exerceram cargos de Presidente da República, chefes de Governo, ministras e outros altos cargos políticos em África e outros continentes.
O evento vai realizar-se de 12 a 15 de outubro, numa organização da empresa de promoção de eventos internacionais Followmetoafrica em parceria com o Governo são-tomense e tem como anfitriãs a antiga primeira-ministra são-tomense, Maria da Neves, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Edite Ten Jua e a primeira-dama de São Tomé e Príncipe, Fátima Vila Nova.
"É uma atividade que se pensa para promover o país, promover o turismo são-tomense e é 'sui generis' porque é primeira vez que se realiza esta atividade no mundo", explicou hoje Maria das Neves durante uma conferência de imprensa de lançamento do evento.
Segundo a ex-primeira-ministra são-tomense, o evento vai envolver "mulheres que participaram na vida política", mas também as "mulheres anónimas que desempenharam várias funções ao nível político, social, cultural" no continente, e não só.
A organização da iniciativa realça que mais de 41 mulheres já exerceram cargos de relevo no continente africano, nomeadamente de Presidente da República e primeira-ministra, por isso todas serão convidadas para participar nesta conferência "de modo que sirvam de legado para as próximas gerações".
"Há algumas ex-presidente da República que certamente já não terão idade para vir [a São Tomé], por isso é que a conferência terá o formato virtual e presencial, [porque] aquelas que não puderem vir, poderão intervir também, mas de forma virtual", explicou Maria das Neves.
Além da conferência também pretende-se produzir um vídeo-documentário, um livro, e ainda erguer "um memorial político", em São Tomé, com os nomes e histórias das mulheres que participarão no evento, entre elas a Presidente da Tânzania, Samia Suluhu e a Ex-Presidente da República Centro Africana, Catherine Samba-Panza.
"Eu quero reiterar da parte do Ministério que eu aqui represento e do Governo o compromisso de tudo fazer para que este evento tenha êxito e que ele realmente constitua esta referência porque ele é ambicioso, e nós podemos colher vários frutos e também mostrar a capacidade de São Tomé e Príncipe na perspetiva de organização de eventos e de continuar a darmos os primeiros passos em várias áreas", disse, Ernestina de Menezes, em representação do ministro do Trabalho, Família e Formação Profissional.
Para o lançamento do evento esteve no país a representante da Followmetoafrica, a camaronesa, Beatrice Achaleke, que se reuniu com vários dirigentes políticos são-tomenses, incluindo o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus.
A conferência estava inicialmente prevista para acontecer no mês de setembro, em alusão aos 47 anos do dia das mulheres são-tomense que vai assinalar em 19 de setembro, mas passará para outubro, tendo em conta a realização das eleições legislativas, autárquica e regional do Príncipe, em 25 de setembro.
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