Numa conferência de doadores a decorrer hoje em Berlim, o país do leste europeu com uma população de 2,5 milhões disse estar a hospedar cerca de 100.000 refugiados da Ucrânia, cerca de 25% dos que entraram desde o final de fevereiro.
Gavrilita disse que tentou dar aos refugiados condições dignas graças a uma "mobilização sem precedentes" dos setores público e privado, mas "lidar com esse influxo é um dos maiores desafios que qualquer Governo da Moldova enfrentou nas últimas três décadas".
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que levou à fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
Além de apoio financeiro, a primeira-ministra pediu ajuda para construir interligações de eletricidade para a Roménia e pediu à União Europeia que abra o mercado às importações agrícolas de seu país para depender menos da Rússia.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou hoje a concessão de um "crédito financeiro incondicional" à Moldova no valor de 50 milhões de euros para apoiar o país a enfrentar os vários desafios políticos e económicos, indicou o porta-voz do executivo, Steffen Hebestreit, em comunicado.
O executivo alemão quer dar apoio financeiro ao país, "que enfrenta enormes desafios, tanto políticos como financeiros, mas em particular também devido ao elevado número de refugiados e ao aumento dos custos de energia", acrescentou.
"Nenhum país recebeu até agora mais refugiados da Ucrânia em relação à sua população do que a Moldova", sublinha.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão organiza hoje em Berlim uma conferência internacional de apoio à Moldova, que também tem o apoio de França e da Roménia.
"A conferência vai concentrar-se em responder às necessidades imediatas dos refugiados na Moldova e na rápida distribuição dos refugiados para outros países", lê-se num comunicado.
Ao mesmo tempo, serão identificadas oportunidades de assistência financeira e será iniciado o apoio nas áreas de segurança energética, Estado de Direito e proteção das fronteiras.
Alemanha, França e Roménia comprometem-se com esta plataforma de ajuda "flexível e internacional" para fortalecer a resiliência e a estabilidade da Moldova a curto e médio prazo.
"Consideramos que nossa obrigação é apoiar a Moldova e ajudar internacionalmente e de forma solidária a enfrentar os crescentes desafios da atual crise de refugiados", destacou o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.
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