Roménia engrossa lista de expulsão de diplomatas russos na Europa

A Roménia anunciou hoje a expulsão de 10 diplomatas russos, depois da União Europeia (UE) e engrossando um movimento que já engloba diversos Estados-membros.

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Lusa
05/04/2022 20:45 ‧ 05/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) romeno, a Roménia irá expulsar 10 diplomatas russos pelo seu envolvimento em "atividades e ações que desrespeitam o estipulado na Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas".

No texto, o MNE de Bucareste "reitera a condenação firme dos crimes cometidos em Bucha e outras localidades da Ucrânia, pelos quais a Federação Russa deve responder".

A Roménia entrou na União Europeia em 2004 é um dos Estados-membros que tem fronteira com a Ucrânia, de onde está a receber refugiados.

Vários Estados europeus têm expulsado pessoal diplomático russo, depois de a Federação Russa ter sido acusada de crimes de guerra na localidade de Bucha, nos arredores de Kiev.

Ainda hoje, foi divulgado que Estónia, Letónia, Suécia e Eslovénia também expulsaram diplomatas russos, num total de 63, sob justificações que incluíram atividades de espionagem.

O chefe da diplomacia do bloco europeu, Josep Borrell, anunciou hoje a decisão de "designar 'persona non grata' vários membros da Missão Permanente da Federação Russa na UE, por se envolverem em atividades contrárias ao seu estatuto diplomático".

O total de diplomatas russos envolvidos por esta decisão de Borrell ascende a 19.

Portugal declarou como 'persona non grata' 10 funcionários da missão diplomática da embaixada russa em Lisboa, dando-lhes duas semanas para abandonar o país, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Em comunicado hoje divulgado, o ministério liderado por João Gomes Cravinho explica que as "atividades" daqueles funcionários são "contrárias à segurança nacional" e refere que o Governo notificou o embaixador russo "esta tarde".

Sublinhando que nenhum dos funcionários expulsos do país é diplomata de carreira, o Governo refere "a condenação, firme e veemente, da agressão russa em território ucraniano".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Estónia, Letónia, Suécia e Eslovénia expulsam diplomatas russos

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