É sabido que a zona do Capitólio tem um problema de raposas, e o congressista Ami Bera foi a vítima mais recente, tendo relatado que, na segunda-feira à noite, sentiu algo atacá-lo por trás quando caminhava perto de um dos edifícios do Senado. Virou-se e usou o chapéu de chuva para repelir o que pensou ser um cão pequeno, mas rapidamente se apercebeu de que estava a lutar com uma raposa.
Segundo Bera, o encontro durou cerca de 15 segundos. Um transeunte gritou para alertar outros e a raposa fugiu, enquanto os agentes da polícia do Capitólio acorriam ao local.
Ami Bera, que é médico, procurou feridas com perfuração, mas não encontrou sinais de nenhuma, embora houvesse alguma abrasão e, por isso, consultou o médico do Capitólio, que lhe disse para não correr riscos e receber tratamento.
Dirigiu-se, então, ao Centro Médico Militar Nacional Walter Reed após a votação, para receber a primeira de uma série de quatro vacinas contra a raiva.
"Diria que este é o dia mais invulgar no Capitólio em dez anos", comentou Bera sobre a experiência.
É claro que na terça-feira houve muitas referências jocosas ao canal televisivo Fox News (notícias da raposa, em tradução literal) no Capitólio, mas o sargento de armas da Câmara dos Representantes estava a falar a sério quando, à tarde, disse aos congressistas e respetivos assessores que ultimamente tem havido vários casos de ataques de raposas naquela zona e que os animais não devem ser abordados.
Avisou-os de que existem provavelmente várias tocas de raposas nos terrenos do Capitólio e que os profissionais do controlo animal iriam tentar localizá-las e capturá-las.
Em pelo menos um caso, foram bem-sucedidos: a polícia do Capitólio publicou na rede social Twitter fotos de uma raposa capturada, em segurança numa pequena jaula.
O congressista mordido não revelou rancor em relação à atacante: "Espero que o animal possa ser levado para outro local", comentou.
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