"Esta venda vai ajudar a manter a densidade dos mísseis do destinatário (Taiwan) e garantir que está pronto para operações aéreas", indicou, em comunicado, na terça-feira, a Agência para a Cooperação em Segurança e Defesa, uma entidade do Departamento de Defesa dos EUA.
O Pentágono disse que o equipamento e o treino fornecidos atuariam como "impedimento às ameaças regionais e para fortalecer as capacidades de defesa" da ilha.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan saudou o anúncio e enfatizou, numa declaração separada, que a venda vai permitir que o território se proteja contra a "contínua expansão militar e as provocações de Pequim".
A ilha de "Taiwan deve demonstrar plenamente firme determinação de se defender", observou o Ministério. "O nosso governo vai continuar a reforçar os sistemas de defesa e capacidades de combate assimétricas", acrescentou.
A transação deve ser finalizada dentro de um mês, disse o Ministério de Taiwan.
Uma venda semelhante já tinha sido aprovada em fevereiro, também para o fornecimento de equipamento e serviços a Taiwan, no valor de 100 milhões de dólares (92 milhões de euros), para sistemas de defesa aérea e antimísseis, visando responder às crescentes incursões de aviões de guerra chineses.
Trata-se da terceira venda aprovada pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, desde que assumiu o poder, em janeiro de 2020.
Taiwan tem um governo autónomo próprio, mas a China reivindica a ilha como território seu e prometeu a reunificação, se necessário através do uso da força.
Pequim intensificou as incursões na Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan, nos últimos meses, com 969 aviões de guerra chineses detetados pelas autoridades de Taiwan, em 2021.
O Patriot é um sistema de mísseis terra-ar altamente móvel, capaz de fornecer uma defesa crucial contra os caças chineses.
Washington reconhece diplomaticamente Pequim e não Taipé, mas o Congresso dos EUA comprometeu-se a fornecer armamento a Taiwan para a defesa do território.
Leia Também: EUA testaram míssil hipersónico depois do início da guerra na Ucrânia