O tenente-coronel Azatbek Omurbekov é o homem apontado como responsável pelo massacre de Bucha, que continua a chocar o mundo, levando vários países a intensificar as sansões à Rússia.
Mas onde está agora o 'carniceiro de Bucha'?
Azatbek Omubekov terá cerca de 40 anos e pertence à unidade do exército da Federação Russa na região de Khabarovsk, no leste do país. Em 2014, o tenente-coronel recebeu uma medalha de mérito das mãos do vice-ministro da Defesa russo, Dmitry Bulkagov.
A informação é avançada pelo InformNapalm no Telegram, onde publica regularmente conteúdos sobre a atividade das tropas do Kremlin em território ucraniano. A página é mantida por um grupo de voluntários internacionais e divulgou os dados pessoais de Azatbek Omurbekov, incluindo o email, número de telefone e morada.
Azatbek Omurbekov comandava precisamente a 64.º Brigada de Artilharia do Exército russo, apontada como a principal envolvida na ocupação da cidade de Bucha.
Omurbekov, a unidade que este homem comanda, foi abençoada por um bispo da Igreja Ortodoxa russa em novembro, antes de ser enviado para a Ucrânia. A instituição tem sido criticada por não condenar a invasão de Putin.
"A história mostra-nos que lutamos a maior parte das nossas batalhas com as nossas almas. As armas não são o mais importante. A igreja é onde podemos comungar e prepararmo-nos para o que aí vem. Com a bênção de Deus, esperamos chegar onde os nossos antepassados chegaram", disse o ‘Carniceiro de Bucha’ após a cerimónia religiosa em que foi abençoado, de acordo com o Times of London.
O Ministério da Defesa da Federação Russa diz que o batalhão liderado por Aztabek Omubekov deixou Bucha no final de março e que se encontra na Bielorrússia, mas vários serviços secretos ocidentais acreditam que Omubekov se encontra em preparação para liderar ataques contra cidades-chave no norte e leste da Ucrânia como Kharkiv.
As autoridades ucranianas descobriram no fim de semana passado centenas de corpos com roupas civis em Bucha, a noroeste de Kyiv, após a retirada das forças russas, a quem atribuíram a responsabilidade pelas mortes.
Imagens divulgadas mostram cadáveres na rua, alguns com as mãos amarradas às costas, parcialmente mutilados ou lançados em valas comuns. Alguns corpos apresentavam sinais de execução.
Leia Também: Biden fala em "crimes de guerra" em Bucha e abre porta a mais sanções
