EUA já entregaram a Kyiv os 100 'drones' prometidos por Joe Biden
Os cem 'drones' de combate que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou há duas semanas que os norte-americanos iam enviar para a Ucrânia já chegaram às forças ucranianas, adiantou, esta quarta-feira, o Departamento de Defesa.
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Mundo Ucrânia/Rússia
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, referiu que os cem 'drones' Switchblade, com ogivas anti-blindados, chegaram à Ucrânia no início da semana.
Agora "estamos a conversar com os ucranianos sobre os futuros usos dos 'drones', acrescentou a mesma fonte.
John Kirby realçou que os ucranianos não estão familiarizados com o uso deste tipo de dispositivos e que necessitam de formação militar.
Também hoje, fonte do Pentágono revelou que um pequeno grupo de militares ucranianos, que se encontravam nos EUA ainda antes do início da invasão russa da Ucrânia, está a receber formação sobre o uso daqueles 'drones' de combate.
O porta-voz do Pentágono sublinhou que estes militares poderão agora dar formação a outros soldados quando regressarem à Ucrânia.
Segundo Kirby, esta tecnologia não é muito complicada de usar, e um militar pode ser "treinado adequadamente sobre como usar os 'drones' Switchblade em alguns dias".
A Casa Branca anunciou na terça-feira que vai fornecer mais 100 milhões de dólares (cerca de 92 milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia, elevando o apoio dos norte-americanos para 1.700 milhões de dólares (cerca de 1.560 milhões de euros) desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
John Kirby especificou em comunicado que o apoio continuará a ser dado em sistemas anti-blindados, incluindo mísseis Javelin, que os EUA têm fornecido à Ucrânia.
O Pentágono tem realçado que a Ucrânia está a defender-se das forças russas "de uma maneira muito eficaz" com aqueles equipamentos.
Desde o início da administração Joe Biden, em janeiro de 2021, os Estados Unidos alocaram mais de 2.400 milhões de dólares (cerca de 2.200 milhões de euros) em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, segundo dados do Departamento de Estado.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.563 civis, incluindo 130 crianças, e feriu 2.213, entre os quais 188 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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