O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pachinian, e o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, pediram aos respetivos ministros dos Negócios Estrangeiros para "iniciarem os preparativos para as conversações de paz entre os dois países".
Um comunicado oficial, o governo arménio refere que a decisão foi tomada após um encontro entre o primeiro-ministro do executivo da Arménia e o chefe de Estado do Azerbaijão, na quarta-feira em Bruxelas e que decorreu sob a mediação da União Europeia.
"Foi alcançado um acordo neste encontro (...) para o estabelecimento de uma comissão bilateral sobre as questões dos limites fronteiriços", explica a nota.
A comissão vai ficar responsável pelas garantias de segurança e estabilidade ao longo da fronteira, disse à France Presse uma fonte que acompanhou o encontro.
Na sequência dos últimos confrontos na região montanhosa do Nagorno-Karabakh, a Rússia enviou, em novembro de 2020, "forças de manutenção de paz" para a região.
Na mesma altura, sob a mediação de Moscovo, a Arménia e o Azerbaijão firmaram um cessar-fogo que pôs fim a uma guerra de seis semanas entre as duas ex-repúblicas soviéticas do Cáucaso e que se batem pelo controlo do enclave independentista do Nagorno-Karabakh.
Os combates que fizeram mais de 6.500 mortos em 2020 ficaram marcados pela derrota da Arménia cujo governo foi obrigado a ceder importantes territórios que controlava desde a primeira guerra do início dos anos 1990.
A região do Nagorno-Karabakh, maioritariamente habitada por arménios, separou-se do Azerbaijão após o colapso da União Soviética.
A guerra dos anos 1990 provocou a morte de trinta mil pessoas e milhares de refugiados.
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