Abbas "expressou a condenação ao assassínio de civis israelitas", segundo a agência oficial de notícias palestiniana Wafa.
O líder palestiniano sublinhou que "matar civis palestinianos e israelitas só leva a uma maior deterioração da situação", o que vai contra o objetivo de "alcançar a estabilidade, especialmente neste mês sagrado do Ramadão e da Páscoa".
O ataque de quinta-feira à noite a um bar no centro de Telavive é o quarto em pouco mais de duas semanas em Israel, depois de três ataques anteriores dois dos quais realizados por cidadãos árabes israelitas supostamente ligados ao grupo extremista Estado Islâmico e um por outro palestiniano, que provocaram 11 mortos.
Abbas, que preside à Autoridade Nacional Palestiniana (ANP, governo de parte da Cisjordânia ocupada pelos israelitas desde 1967), já tinha condenado o tiroteio na cidade israelita de Bnei Brak, em 29 de março.
O grupo islâmico palestiniano Hamas, que governa de facto no enclave da Faixa de Gaza, celebrou o ataque da noite passada e todos os anteriores, embora não tenha reivindicado responsabilidade por nenhum deles.
Segundo o Hamas, o tiroteio em Telavive "é uma resposta natural em defesa do povo palestiniano" e dos "seus lugares sagrados, principalmente a mesquita al-Aqsa", em Jerusalém Oriental, parte da cidade ocupada e depois anexada por Israel.
Ainda hoje, a polícia israelita instalou um forte dispositivo de segurança em Jerusalém, antes da chegada de dezenas de milhares de palestinianos para rezar na Esplanada das Mesquitas, durante as orações de sexta-feira do Ramadão (mês sagrado dos muçulmanos a decorrer até final de abril).
No ano passado, este período foi marcado por protestos em Jerusalém que desencadearam uma guerra entre Israel e as milícias palestinianas em Gaza.
Os quatro ataques das duas últimas semanas mataram 13 pessoas em Israel, 10 das quais civis.
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