"Posso dar um número aproximado: 700 pessoas. São soldados e civis", disse o autarca, Vladyslav Atrochenko, citado pela agência independente ucraniana Unian.
De acordo com Atrochenko, 80.000 a 95.000 pessoas ainda vivem nesta cidade localizada a cerca de 150 quilómetros de Kyiv, a capital ucraniana, e que tinha quase 300.000 pessoas antes do início da invasão russa, no final de fevereiro.
Um primeiro grande comboio de ajuda humanitária chegou a Chernihiv na quinta-feira, desde a retirada das tropas russas da região na semana passada, disse o governador regional, Vyacheslav Tchaous.
O governador pediu aos habitantes da região que permaneçam vigilantes perante o risco de novos bombardeamentos russos, lembrando que os aviões e mísseis russos continuam a sobrevoar a zona.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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