Quase 700 pessoas morreram em Chernihiv desde o início da invasão russa

Cerca de 700 pessoas foram mortas em ataques militares em Chernihiv - no norte da Ucrânia, perto da fronteira bielorrussa -- cidade que tem sido bombardeada há várias semanas por tropas russas, informou hoje o presidente da câmara.

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© Getty Images

Lusa
08/04/2022 15:19 ‧ 08/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Posso dar um número aproximado: 700 pessoas. São soldados e civis", disse o autarca, Vladyslav Atrochenko, citado pela agência independente ucraniana Unian.

De acordo com Atrochenko, 80.000 a 95.000 pessoas ainda vivem nesta cidade localizada a cerca de 150 quilómetros de Kyiv, a capital ucraniana, e que tinha quase 300.000 pessoas antes do início da invasão russa, no final de fevereiro.

Um primeiro grande comboio de ajuda humanitária chegou a Chernihiv na quinta-feira, desde a retirada das tropas russas da região na semana passada, disse o governador regional, Vyacheslav Tchaous.

O governador pediu aos habitantes da região que permaneçam vigilantes perante o risco de novos bombardeamentos russos, lembrando que os aviões e mísseis russos continuam a sobrevoar a zona.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Forças ucranianas retomaram "terreno-chave" no norte do país

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