Von der Leyen entrega a Zelensky processo de entrada da Ucrânia na UE
A presidente da Comissão Europeia vincou que "a Ucrânia pertence à família europeia" e prometeu mais apoio financeiro e ajuda para os refugiados.
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Mundo Ucrânia/Rússia
A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, entregou esta sexta-feira o processo de entrada da Ucrânia na União Europeia (UE) diretamente ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a visita dos líderes da UE a Kyiv.
Na sua intervenção, Ursula von der Leyen vincou que "a Ucrânia pertence à família europeia" e prometeu mais ajuda financeira e armas para que os ucranianos possam repelir a invasão russa.
"Esta guerra é um desafio para toda a comunidade internacional, e este é um momento decisivo. É um momento em que temos de responder: será que uma devastação horrenda irá ganhar, ou será que a humanidade irá prevalecer?", questionou Ursula von der Leyen, acrescentando que a luta da Ucrânia é a luta da UE, e esta é também uma luta entre a autocracia russa e a democracia europeia.
"Estou aqui em Kyiv para dizer que a UE está ao vosso lado", reafirmou a líder europeia, que está de visita à Ucrânia, acompanhada pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
Esta sexta-feira, Ursula von der Leyen e Josep Borrell também estiveram em Bucha, onde, após a retirada russa da região, foram vistos vários corpos nas ruas, com as mãos atadas atrás das costas, e em valas comuns.
Antes de entregar o processo de adesão, von der Leyen vincou que a União Europeia "nunca estará à altura do sacrifício do povo ucraniano", mas está "a mobilizar o seu poder económico para que Putin pague um preço muito elevado".
A presidente da CE acrescentou que a UE já está a preparar a próxima vaga de sanções, salientando o impacto e os "grandes efeitos" das anteriores sanções na economia russa. "A confiança empresarial na Rússia está nos níveis mais baixos desde 1995. Os Estados-membros já congelaram 225 mil milhões de ativos privados russos na UE", explicou.
Se, por um lado, a Rússia caminha no sentido oposto à Europa, a Ucrânia, disse a alemã, "está a ir ao encontro de um futuro europeu".
"Os ucranianos estão a segurar a tocha da liberdade por todos nós", rematou a presidente da Comissão, prometendo também que a UE vai "cuidar bem" dos refugiados que chegarem à Europa, "até poderem voltar a casa com segurança, para um país próspero e independente".
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, também interveio e, numa curta declaração, disse que a UE vai "ajudar a Ucrânia a apresentar provas perante o Tribunal Penal Internacional" dos crimes de guerra em Bucha e em outras cidades.
Borrell também anunciou que a delegação diplomática da UE vai voltar a Kyiv, esperando que "outras delegações façam o mesmo".
"Vocês estão a lutar por nós. O mínimo que nós podemos fazer é dar-vos armas. Esperamos poder enviar mais 500 milhões de euros", acrescentou o diplomata.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 1.600 mortos civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas, que alerta que número real de mortos poderá ser muito superior, tendo em conta as dificuldades em contabilizar mortos em cidades bombardeadas e ainda cercadas pelos russos.
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