Macron condena "loucura assassina" após ataque com três mortos em Israel
O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou hoje "a loucura assassina que atingiu de novo" Israel, após o atentado perpetrado na quinta-feira por um palestiniano em Telavive.
© Reuters
Mundo Presidente francês
"Em Israel, a loucura assassina ataca de novo. Após o ataques terrorista que atingiu o coração de Telavive ontem, a França coloca-se, mais que nunca, ao lado dos israelitas", reagiu Macron, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
Este ataque, com um balanço inicial de dois mortos e sete feridos, três dos quais com gravidade, fez afinal três mortos, tendo uma das vítimas sucumbido hoje aos ferimentos sofridos na véspera, quando um palestiniano abriu fogo num bar cheio de gente em Telavive.
O atacante, que era da Cisjordânia, conseguiu na quinta-feira à noite escapar à polícia, originando uma caça ao homem que terminou hoje de manhã, quando foi abatido num tiroteio com as forças de segurança israelitas.
Centenas de agentes da polícia de Israel, unidades caninas e forças especiais do exército lançaram uma operação no centro de Telavive, procurando prédio a prédio em bairros residenciais densamente povoados.
A agência de serviços secretos internos israelita Shin Beth disse que as forças de segurança acabaram por encurralar o agressor numa mesquita do bairro de Jaffa, onde foi morto numa troca de tiros.
Este foi o quarto ataque em Israel em menos de três semanas (desde 22 de março), perfazendo um total de 14 mortos, e ocorreu quando se inicia o mês sagrado muçulmano do Ramadão.
No ano passado, protestos e confrontos em Jerusalém durante o Ramadão acabaram por desencadear uma guerra de 11 dias na Faixa de Gaza.
Dois dos ataques foram perpetrados por árabes israelitas ligados à organização 'jihadista' Estado Islâmico (EI) e os outros dois por palestinianos originários de Jenin, cidade do norte da Cisjordânia considerada um bastião das fações armadas palestinianas.
Os movimentos islâmicos armados palestinianos Hamas, no poder em Gaza, e Jihad Islâmica, ambos na lista das "organizações terroristas" dos Estados Unidos e da União Europeia, saudaram o ataque, mas não reivindicaram qualquer responsabilidade.
Por sua vez, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, condenou o atentado, sublinhando que "matar civis palestinianos e israelitas só leva a uma maior deterioração da situação", o que vai contra o objetivo de "alcançar a estabilidade, especialmente neste mês sagrado do Ramadão e da Páscoa".
Israel tomou uma série de medidas para tentar acalmar as tensões, incluindo a emissão de milhares de autorizações de trabalho adicionais para palestinianos residentes em Gaza.
Na segunda-feira, Israel tinha autorizado, a partir de hoje, mulheres, crianças e homens com mais de 40 anos da Cisjordânia a rezar na mesquita de Al-Aqsa, junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, numa aparente tentativa de acalmar as tensões durante o Ramadão.
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