Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) acordaram, na segunda-feira, dar assistência financeira e disponibilizar peritos para ajudarem o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Ucrânia a documentar possíveis crimes de guerra cometidos pelas tropas russas naquele país. O presidente da Ucrânia afirmou estar "confiante" de que o país será capaz de se reconstruir rapidamente depois dos danos significativos que tem sofrido durante a invasão russa.
Ao fim de 48 dias de guerra, já morreram mais de 10 mil civis na cidade de Mariupol, garantiu o autarca. Na segunda-feira, cerca de 4.354 pessoas foram retiradas de várias cidades da Ucrânia, através de corredores humanitários.
Os relatos sobre a alegada utilização de armas químicas em Mariupol pelo exército russo estão a preocupar a comunidade internacional. O governo do Reino Unido já anunciou que está a trabalhar com os seus parceiros para tentar "verificar os detalhes" desse ataque e também o porta-voz do Pentágono, John Kirby, divulgou uma declaração sobre o alegado ataque frisando que ainda não lhes foi possível verificar a veracidade da informação, mas garantindo que estão a "monitorizar a situação".
Acompanhe aqui AO MINUTO os mais recentes desenvolvimentos sobre a guerra na Ucrânia:
16h00 - Este registo fica por aqui. Mas pode continuar a acompanhar-nos através deste link.
15h49 - Praga quer cessar importações de petróleo russo durante presidência da UE
A República Checa assegurou hoje que a interrupção das importações de petróleo russo será uma das prioridades durante a sua presidência do Conselho da União Europeia (UE), que se inicia no segundo semestre de 2022. "Na nossa presidência queremos interromper as importações de petróleo da Rússia", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, em conferência de imprensa após uma reunião no castelo de Stirin, nos arredores de Praga, com os seus homólogos da Áustria, Eslováquia, Eslovénia e Hungria.
14h19 - Três deputados alemães encontram-se com deputados ucranianos
Três responsáveis do parlamento alemão vão reunir-se com deputados ucranianos na zona ocidental do país devastado pela guerra, anunciaram hoje fontes parlamentares, numa altura em que o próprio chanceler Olaf Scholz está sob pressão para visitar a Ucrânia.
14h15 - Autoridades ucranianas contabilizaram 400 civis mortos em Bucha
As autoridades da região de Kyiv indicaram hoje que já contabilizaram 400 civis mortos em Bucha, onde se verificaram massacres, revelados após a retirada das tropas russas daquela cidade e de outras localidades nos arredores da capital da Ucrânia. O balanço é ainda provisório, indicaram as autoridades ucranianas citadas no portal Ukrinform, recordando a denúncia da Provedora de Justiça, Ludmilla Denosova, segundo a qual soldados russos dispararam sem critério e torturaram até à morte adultos e crianças.
14h08 - "Salvar pessoas" em Donbass? Negociador responde a Putin com vala comum
Depois das declarações do presidente russo Vladimir Putin, de que a Rússia estava a "salvar pessoas" em Donbass, o negociador e conselheiro presidencial de Zelensky insurgiu-se contra essas declarações. Na rede social Twitter, Mykhailo Podolyak partilhou uma fotografia de uma vala com vários corpos a serem enterrados e questiona do que é que Putin está a proteger estas pessoas.
13h15 - Mais de 4,6 milhões de ucranianos fugiram da guerra para outros países
Cerca de 4,6 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde a invasão da Rússia, em 24 de fevereiro, mais de metade das quais foram recebidas pela Polónia, anunciou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). De acordo com esta agência da ONU, 4.615.830 pessoas deixaram a Ucrânia devido ao conflito até hoje, o que representa mais 68 mil ucranianos do que o contabilizado até segunda-feira.
13h06 - O vídeo de uma família em fuga de Kyiv no dia em que a guerra estalou
Manhã de 24 de fevereiro de 2022. Uma data que, tal como relata Viktor Onoshko, os ucranianos não mais esquecerão. Numa publicação feita na rede social Instagram, Viktor partilha um vídeo, feito pela companheira, que reúne as imagens das câmaras de casa do casal na madrugada em que a guerra estalou. "A Rússia atacou-nos às 5 da manhã e eu acordei com as explosões. Arrumámos as coisas mais importantes numa hora e saímos de casa. Toda vez que vejo este vídeo, choro... Muito em breve teremos a nossa vitória e voltaremos para casa", escreveu o ucraniano.
13h03 - Invasão russa matou pelo menos 186 crianças e feriu 344
Pelo menos 186 crianças morreram e outras 344 ficaram feridas desde o início da investida militar russa na Ucrânia, segundo dados divulgados esta terça-feira pela Procuradoria-Geral da Ucrânia. Até ao momento, mais de 530 crianças sofreram alguma consequência da guerra na Ucrânia, registando-se pelo menos 186 vítimas mortais e 344 feridos, anunciou o organismo na rede social Telegram.
12h48 - Ministro das Finanças ucraniano pede apoio financeiro imediato
O ministro das Finanças da Ucrânia pediu apoio financeiro imediato, na ordem dos milhares de milhões de dólares, para assegurar a sobrevivência do país devido ao enorme défice orçamental causado pela invasão russa, informou hoje o Financial Times (FT). "Estamos sob grande pressão, nas piores condições [financeiras]" e "agora trata-se da sobrevivência do nosso país", disse o ministro das Finanças da Ucrânia, Sergi Marchenko, numa entrevista ao FT hoje publicada.
12h38 - Russos violaram mulheres em cave por 25 dias. Nove delas estão grávidas
Desde que as forças russas se retiraram do norte da Ucrânia que surgem evidências diárias das atrocidades cometidas enquanto estiveram nas cidades. A provedora oficial dos direitos humanos da Ucrânia, Lyudmyla Denisova disse ter registado casos horríveis de violência sexual pelas tropas russas em Bucha - e noutros locais - destacando o caso de um grupo de mulheres e raparigas que foi mantido na cave de uma casa durante 25 dias. Foram violadas e nove delas estão agora grávidas. A mais nova tem apenas 14 anos.
11h53 - Putin deixa recado ao Ocidente: "Rússia não pode ser isolada ou contida"
"A Rússia não pode ser isolada ou contida". Foi este o recado que o presidente russo, Vladimir Putin, endereçou esta terça-feira ao Ocidente de acordo com a televisão estatal russa. De acordo com o líder russo, as tentativas de isolar Moscovo falharão dando o sucesso do programa espacial soviético como prova de que a Rússia consegue alcançar feitos que ambiciona mesmo nas condições mais difíceis.
11h52 - "Estamos a salvar pessoas". Invasão "foi a decisão certa", diz Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, assegurou esta terça-feira que a ‘operação militar especial’ na Ucrânia – termo usado por Moscovo para definir a invasão –, “sem dúvida” que alcançará os seus objetivos “nobres”, salientando que pretende não só garantir a segurança da Rússia, mas também “salvar as pessoas” do Donbass.
11h46 - Putin ordena envio de quase 100 mil refugiados ucranianos para a Sibéria
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o envio de quase 100 mil refugiados ucranianos para zonas remotas da Rússia como a Sibéria ou o Círculo Polar Ártico. Os refugiados de guerra ficam assim a milhares de quilómetros das suas casas, de acordo com os documentos do Kremlin a que o jornal The Independent teve acesso.
11h38 - Zelensky critica UE pela "cooperação, comércio e negócios" com a Rússia
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje à União Europeia (UE) que intensifique as sanções económicas contra a Rússia, durante um discurso realizado por vídeo ao Parlamento lituano. Zelensky argumentou que a liderança política e militar russa sente que pode continuar a sua invasão na Ucrânia devido aos sinais de alguns países europeus.
11h01 - Rússia reclama morte de 50 militares ucranianos em fuga de Mariupol
As forças armadas russas reivindicaram hoje a morte de pelo menos 50 soldados ucranianos que, segundo Moscovo, tentaram fugir da cidade sitiada de Mariupol, no leste da Ucrânia. O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse que os ucranianos integravam um grupo de cerca de 100 militares que foram cercados perto da fábrica de Ilyich e que tentaram sair da cidade em veículos blindados na segunda-feira à noite.
10h45 - UE aumenta verbas para Estados-membros que acolhem refugiados
O Conselho da União Europeia (UE) formalizou hoje o aumento para 3,4 mil milhões de euros do financiamento para os Estados-membros que acolhem refugiados da Ucrânia, em fuga da invasão russa. A proposta para aumentar para 3,4 mil milhões de euros o total de pré-financiamento da Assistência à Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa (REACT-EU), para acolhimento e instalação de refugiados da Ucrânia, foi apresentada pela Comissão Europeia em 23 de março e hoje concluída, depois de um primeiro aval do Conselho e da aprovação pelo Parlamento Europeu.
10h33 - A carta lida na ONU de uma criança de 9 anos para a mãe morta na guerra
O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, usou a reunião de segunda-feira do Conselho de Segurança da ONU para ler uma carta escrita por uma criança ucraniana à sua falecida mãe. Como o embaixador explicou, a carta é escrita por um rapaz de 9 anos, por ocasião do Dia da Mulher a 8 de março. "Mãe, esta carta é o meu presente", começa. "Obrigado pelos melhores 9 anos da minha vida, muito obrigado pela minha infância. És a melhor mãe do mundo", continua a missiva lida por Kyslytsya.
09h55 - As imagens impressionantes da destruição do estádio em Chernihiv
O Shakhtar Donetsk partilhou esta terça-feira, através das suas redes sociais, imagens do estado calamitoso em que ficou o estádio Yuri Gagarin, em Chernihiv, que é utilizado pelo FC Desna, da primeira divisão ucraniana. Pelas imagens é possível perceber que o estádio ficou com uma cratera enorme no meio do relvado e com as bancadas completamente destruídas.
Estádio Yuri Gagarin © Facebook/ Shakhtar Donetsk
09h19 - Nokia anunciou que vai deixar a Rússia
A empresa finlandesa Nokia anunciou hoje que vai deixar de operar na Rússia, um dia após a sua concorrente sueca Ericsson ter decidido suspender a atividade naquele país. Em comunicado, a fabricante de equipamentos de telecomunicações finlandesa, que já tinha suspendido as entregas à Rússia no início de março, anuncia agora "que deixará o mercado russo".
09h16 - Tanque russo destrói Cáritas em Mariupol e mata sete pessoas
O centro Cáritas em Mariupol foi, na segunda-feira, dia 11 de abril, destruído por um ataque levado a cabo por um tanque russo, segundo informou a própria organização humanitária. O ataque não só destruiu o centro como também matou sete pessoas. Neste centro havia pessoas que ali se refugiaram na esperança de estarem num lugar seguro.
#Caritas center in #Mariupol was destroyed. There are victims
— Caritas Ukraine (@caritasukraine) April 11, 2022
The building was shot by a russian tank
At that time, there were people who were hiding from the shelling and were looking for a safe place. Seven people died, including two of our accounting staff.#stopwarinukraine pic.twitter.com/9AL6ib96ZY
08h55 - "Assustámos" russos. Os sorrisos (e resiliência) só possíveis em crianças
À medida que algumas cidades vão voltando ao controlo ucraniano, a ajuda vai chegando a locais que viveram verdadeiros horrores. Um vídeo partilhado pela UATV, uma estação de televisão ucraniana que atua na zona de Kyiv, mostra voluntários a chegar a uma aldeia que esteve nas mãos dos russos. Nas imagens, três crianças sorridentes são interpeladas por voluntários. Dizem que "assustaram" os russos e que lhes disseram que se não se fossem embora, "disparavam". As crianças, que envergam roupas sujas e apresentam algumas feridas, revelam que os pais morreram e que vivem agora com os avós.
08h41 - App Store removeu aplicação do Sberbank
A Apple terá decidido remover a aplicação oficial do Sberbank (considerado o maior banco russo) da sua App Store, avança a Nexta a partir da respetiva página de Twitter. A tecnológica de Cupertino terá tomado esta decisão devido a sanções impostas à Rússia devido ao conflito na Ucrânia, medidas que tendem a ‘atacar’ a capacidade financeira do governo liderado por Putin. No entanto, continua a funcionar para quem a tenha instalada e para outros países.
The #Sberbank app is no longer available for downloading and updating due to sanctions. It continues to work for those who installed it earlier.
— NEXTA (@nexta_tv) April 12, 2022
08h06 - Japão congela bens de mais 398 russos, incluindo filhas de Putin
O Japão anunciou hoje a imposição de novas sanções à Rússia devido à invasão da Ucrânia, com o congelamento dos bens de 398 russos no país, incluindo as filhas do Presidente russo, Vladimir Putin. "Para evitar que a situação se agrave ainda mais e chegar a um cessar-fogo para pôr fim à invasão o mais rápidamente possível, é necessário adotar sanções severas", disse, numa conferência de imprensa, o porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno.
07h59 - Rússia terá usado arma química que causa "insuficiência respiratória"
Ivanna Klympush, presidente da Comissão Parlamentar de Integração da Ucrânia, afirmou na segunda-feira à noite, 12 de abril, que a Rússia usou uma arma química em Mariupol com uma "substância desconhecida" que causa problemas respiratórios. "As vítimas sofrem de insuficiência respiratória, síndrome vestibulocerebelar. Muito provavelmente armas químicas", acusou a deputada.
07h57 - Vídeo mostra Mariupol há seis meses. Ruas em festa e sem guerra
Um vídeo partilhado por Oleksandra Matviichuk, responsável pelo Center for Civil Liberties da Ucrânia, mostra a cidade de Mariupol há seis meses. A cidade hoje destruída estava, então, em festa, com as ruas cheias de gente e ainda longe do cenário de devastação que agora conhecemos.
“The same drama theater. But two different universes.
— Oleksandra Matviichuk (@avalaina) April 11, 2022
Our peaceful city six months ago. How happy we were…”
Source Mariupol City Council#StandWithUkraine pic.twitter.com/99rtdDiPnS
07h42 - Mais de 6 mil crimes de guerra em investigação
Nas últimas horas, o Ministério Público ucraniano recorreu ao Twitter para confirmar que há já 6.036 casos de alegados crimes de guerra que foram reportados, com um total de 186 crianças já mortas.
#russiaterrorist #stoprussia pic.twitter.com/eowy7f4haO
— Верховна Рада України (@verkhovna_rada) April 12, 2022
07h28 - "A última batalha em Mariupol"? Militares da Marinha disseram que sim, mas autarca desmente
Representantes da 36.ª Brigada da Marinha da Ucrânia anunciaram que na noite de segunda-feira decorrerá "provavelmente o último combate" em Mariupol, uma vez que as munições estariam a acabar. No entanto, Petro Andryushchenko, assessor do município de Mariupol, explicou, citado pela Reuters que a conta de Facebook da Marinha, onde foi publicada a informação sobre Mariupol, terá sido pirateada.
07h13 - Volodymyr Zelensky e Macky Sall veem diálogo como solução para guerra
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente da União Africana (UA), Macky Sall, concordaram esta segunda-feira, durante uma conversa telefónica, que o diálogo é a "solução" para terminar com a invasão russa da Ucrânia.
07h09 - Para recordar:
- Portugal vai enviar "em breve" mais de 99 toneladas de material. Portugal vai enviar "em breve" mais de 99 toneladas de material médico e militar para a Ucrânia, adiantou hoje a ministra da Defesa, Helena Carreiras, numa nota na rede social Twitter.
- Rússia usou armas químicas em ataque a Mariupol? Reino Unido e EUA investigam. Os relatos sobre a alegada utilização de armas químicas em Mariupol pelo exército russo estão a preocupar a comunidade internacional. O governo do Reino Unido já anunciou que está a trabalhar com os seus parceiros para tentar "verificar os detalhes". Também o porta-voz do Pentágono, John Kirby, divulgou uma declaração sobre o alegado ataque com armas químicas em Mariupol, frisando que ainda não lhes foi possível verificar a veracidade da informação, mas garantindo que estão a "monitorizar a situação".
- Armas químicas. Sem confirmar, Zelensky admite que russos podem usá-las. O presidente da Ucrânia admitiu que as forças russas podem usar armas químicas na Ucrânia, mas não adiantou se já o fizeram.
- Mais de quatro mil pessoas foram retiradas hoje de cidades ucranianas através de nove corredores humanitários. A informação foi dada pela vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuck e destas, mais de 550 saíram de Mariupol.
07h00 - Bom dia, Iniciamos aqui um novo registo para acompanhar todas as ocorrências relacionadas com a guerra na Ucrânia. Para recordar o anterior, clique aqui.
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