Virgil Griffith, de 39 anos, deu-se como culpado, na terça-feira, à acusação federal dos EUA, que o perseguia desde 2019, a fim de reduzir a pena, que podia ter sido de 20 anos de prisão.
"A Coreia do Norte é sem dúvida uma ameaça à segurança da nossa nação, e o regime [em Pyongyang] tem demonstrado repetidamente que não vai parar por nada para desrespeitar as nossas leis", disse o procurador federal do distrito sul de Nova Iorque Damian Williams.
Griffith já tinha "admitido em tribunal que agiu para tirar a Coreia do Norte das sanções, que estão em vigor para a impedir de adquirir uma arma nuclear", acrescentou.
O tribunal norte-americano acusou Griffith de trabalhar com outros para fornecer à Coreia do Norte serviços financeiros em criptomoedas e ajudar o regime de Kim Jong-un a escapar às sanções internacionais, tendo viajado para a Coreia do Norte para o fazer.
Cientista informático, residente em Singapura, Virgil Griffith foi detido em novembro de 2019, no aeroporto de Los Angeles, depois de ter assistido a uma conferência em Pyongyang alguns meses antes.
De acordo com a Justiça norte-americana, na conferência, Griffith mostrou como usar criptomoedas e moedas virtuais para "escapar às sanções internacionais".
O tribunal norte-americano também o réu de oferecer "programas para facilitar o comércio de divisas criptográficas entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul" em violação das regras internacionais.
As resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte, sob pesadas sanções internacionais devido aos programas nucleares e de mísseis, de realizar testes de mísseis balísticos, mas isto não impediu Pyongyang de efetuar uma dezena de ensaios desde o início do ano.
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