Presidentes da Polónia e países bálticos veem local de "dor e sofrimento"

Os presidentes da Polónia e dos Estados do Báltico deslocaram-se hoje a Borodianka, uma pequena localidade ucraniana perto de Kiev, que o chefe de Estado lituano Gitanas Nauseda descreveu como "impregnada de dor e de sofrimento".

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Lusa
13/04/2022 17:58 ‧ 13/04/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

Nauseda e os seus homólogos polaco, Andrzej Duda, estónio, Alar Caris, e letão, Egils Levits, viajaram juntos de comboio para a Ucrânia, com o objetivo de apoiar o Presidente Volodymyr Zelensky num momento decisivo para o país, declarou na manhã de hoje a presidência polaca.

"Foi aqui que o lado sombrio da humanidade demonstrou a sua face", escreveu na rede social Twitter o chefe de Estado lituano após uma escala em Borodianka, destruída pelos combates e onde Kiev assegura terem sido registados atentados aos direitos humanos pelas forças russas.

Este local "está impregnado de dor e sofrimento. Civis ucranianos foram assassinados e torturados aqui", disse Nauseda, afirmando que "os brutais crimes de guerra cometidos pelo exército russo não ficarão impunes. Os criminosos de guerra devem ser perseguidos a nível internacional".

"Devemos ganhar esta guerra", insistiu o Presidente lituano.

Os detalhes da visita não foram divulgados por motivos de segurança.

Antes de embarcarem para Kiev, os quatro chefes de Estado encontraram-se no final da tarde de terça-feira em Rzeszow, sudeste da Polónia e perto da fronteira ucraniana, para uma cimeira extraordinária destinada a manifestar solidariedade com a Ucrânia.

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que na terça-feira visitou Varsóvia, também admitiu a possibilidade de viajar para Kiev com os outros chefes de Estado, mas o Governo ucraniano terá indicado que não pretendia recebê-lo.

"Estava pronto para o fazer, mas, aparentemente, e devo ter isso em conta, não era desejado em Kiev", sublinhou Steinmeier, criticado pela parte ucraniana devido às relações mantidas nos últimos anos com a Rússia, quando chefiava a diplomacia da Alemanha.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,6 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: EUA. Relatório do Departamento de Estado mantém críticas à Ucrânia

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