Na quarta-feira à noite, o chefe da administração militar regional de Odessa, Maksym Marchenko, disse que as forças ucranianas tinham atingido com mísseis Neptuno o Moskva, causando "danos graves", segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
De acordo com as agências de notícias estatais russas Tass e Ria Novosti, o Ministério da Defesa russo disse que a tripulação do cruzador foi retirada e que uma investigação está em curso para determinar a causa do incêndio.
As agências russas não mencionaram a localização do Moskva quando a explosão aconteceu, nem qualquer possível ataque da Ucrânia.
"Não entendemos o que aconteceu", disse, de forma sarcástica, um conselheiro do presidente ucraniano. "Chegou uma surpresa ao navio-almirante da frota russa no mar Negro", disse o conselheiro ucraniano Oleksiï Arestovitch, num vídeo publicada na plataforma YouTube.
Thus far in the war, the Russian Navy has lost one large landing ship, another large landing ship sustained damage, a Raptor patrol boat was struck by an ATGM, and now the Black Sea Fleet's flagship has sustained "serious damage" likely a result of a Ukrainian strike. 3/ pic.twitter.com/3rGscjChTg
— Rob Lee (@RALee85) April 13, 2022
O Moskva "está a arder intensamente. E com este mar agitado, é impossível saber quando eles poderão receber ajuda", disse Arestovitch, assegurando que "510 tripulantes" estavam a bordo.
O cruzador participou, nos primeiros dias da invasão, num ataque contra a ilha das Serpentes, localizada no mar Negro, perto da fronteira romena, durante o qual 19 marinheiros ucranianos foram capturados. Os marinheiros foram posteriormente trocados por prisioneiros russos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,5 milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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