Oksana Suslenko tem vivido num bunker em Mykolaiv juntamente com os dois filhos, de quatro e 11 anos, para se protegerem dos bombardeamentos. O espaço foi transformado numa enfermaria pediátrica secreta e improvisada e esta mãe tenta tornar os dias mais alegres para os dois filhos, dentro do que lhe é possível.
Adesivos e cortinas nas paredes foi a forma que Oksana arranjou para tornar o local mais acolhedor para as crianças. O pai dos meninos encontra-se a lutar em Mariupol contra as forças russas.
Nikita, o mais novo, afirma que o pai é "um herói", opinião partilhada com o irmão Artyem.
A vida no bunker não é fácil, relata a mãe. Enquanto os meninos se entretinham com tanques e mísseis de brincar, refletindo a guerra acima do solo, Oksana contava as dificuldades vividas a um jornalista da Sky News.
Há quatro dias que não conseguia falar com o marido, há falta de água ou comida e tanto civis quanto militares "têm fome e estão sujos".
"Não tomam banho, não comem, não têm nada", descreve a ucraniana acrescentando que "há muitos corpos nas ruas" e que "as pessoas enterram-nos nos seus quintais".
Quanto ao marido, Oksana diz que não vai desistir de lutar por Mariupol e pelo seu país, que "estará lá até ao fim".
Os seus filhos, tal como outras crianças no bunker, têm medo de ir à superfície.
Segundo a Sky News, o hospital improvisado é secreto e os médicos não querem que a localização seja revelada por medo que seja um alvo para os russos.
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