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Mariupol: Negociadores ucranianos prontos para conversações com a Rússia

O chefe da delegação de negociadores ucranianos, David Arakhamia, anunciou que está pronto, juntamente com o assessor presidencial e negociador Mykhailo Podoliak, para viajar até Mariupol e iniciar rapidamente as negociações com a Rússia, disseram hoje os media locais.

Mariupol: Negociadores ucranianos prontos para conversações com a Rússia
Notícias ao Minuto

08:54 - 21/04/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

David Arakhamia fez este anúncio na rede social Telegram na quarta-feira à noite, de acordo com a agência de notícias local Ukrinform.

"Mykhailo Podoliak e eu estamos prontos para ir a Mariupol para conversar com o lado russo sobre a retirada das nossas tropas militares e de civis", disse o negociador ucraniano.

David Arakhamia sublinhou que os representantes da delegação ucraniana mantêm contacto constante com os militares ucranianos que resistem na cidade portuária de Mariupol, praticamente destruída por ataques desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.

"Hoje, em conversa com os defensores da cidade, foi proposta a realização de uma ronda de negociações no local para a retirada das nossas tropas militares", disse.

"Da nossa parte, estamos prontos para iniciar tais negociações a qualquer momento, assim que recebermos a confirmação da Rússia", reiterou.

Na quarta-feira, as autoridades russas disseram que nem os soldados que estão na fábrica de metalurgia Azovstal e nem os civis abrigados com estes militares usaram o corredor humanitário que abriram para deixarem a cidade de Mariupol durante o dia.

"Somos forçados a dizer que a operação humanitária declarada pelas autoridades de Kiev foi cinicamente interrompida, ninguém usou o corredor indicado", disse o chefe do Centro de Controlo de Defesa Nacional, coronel general Mikhail Mizintsev.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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