Libertado o recluso mais jovem da prisão da Baía de Guantánamo
Hassan bin Attash foi detido em 2002 no âmbito de uma operação sobre o 11 de setembro. Passou a maior parte da sua vida na prisão militar norte-americana, mas nunca foi acusado de qualquer crime.
© Reprodução/Twitter
Mundo EUA
Hassan bin Attash, o recluso mais jovem na Baía de Guantánamo - prisão militar dos Estados Unidos da América (EUA) em Cuba - foi libertado após 20 anos de detenção, sendo que 120 dias foram passados num local secreto da CIA, apesar de nunca ter sido acusado de qualquer crime.
A notícia foi avançada, na quarta-feira, pelo jornal norte-americano The New York Times, que acrescenta que o homem deverá aguardar que a administração do presidente Joe Biden “encontre um país disposto a oferecer-lhe reabilitação”.
Attash, nascido em 1982 ou 1985, foi detido a 11 de setembro de 2002 durante uma operação dos serviços de segurança do Paquistão, juntamente com Ramzi bin al-Shibh, arguido no processo do 11 de setembro de 2011. Também o irmão mais velho de Attash, Walid, é acusado de ajudar a planear o ataque terrorista, mas o agora libertado nunca foi acusado de qualquer crime. Apesar de estarem no mesmo estabelecimento prisional desde 2006, os irmãos Attash nunca foram autorizados a verem-se um ao outro.
Segundo a publicação norte-americana, resta decidir que país acolherá Attash, uma vez que, apesar de ser cidadão do Iémen, foi criado na Arábia Saudita numa família onde vários membros se juntaram a jihadistas no Afeganistão.
Numa audiência do Conselho de Revisão Periódica, realizada a 25 de janeiro, um oficial militar não identificado afirmou que a “captura” de Attash “consequente detenção mudaram a trajetória da sua vida” e que o homem fora influenciado pela cultura norte-americana durante as duas décadas de cativeiro. Por isso, mesmo “apresentando algum nível de ameaça”, deverá ser “enviado para um país com um forte programa de reabilitação e reintegração" e “controlo reforçado”.
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