Questionado pela Lusa sobre as críticas feitas pela Associação dos Ucranianos em Portugal, que tem acusado o ACM de inação perante as denúncias de existência de associações pró-Putin no acolhimento de refugiados ucranianos, o diretor do Departamento de Apoio à Integração e Valorização da Diversidade do ACM refutou as acusações.
"Nenhuma informação que chegue ao ACM que ponha em causa os direitos dos migrantes fica aqui retida", disse Francisco Neves, do ACM, garantindo que as denúncias "são sempre reencaminhadas" para as autoridades com poder para fiscalizar o que se passa.
Francisco Neves explicou ainda que o ACM "tem ligações com todas as associações", razão pela qual a Associação de Imigrantes de Leste ("Edinstsvo"), que recebeu migrantes ucranianos ao serviço da Câmara Municipal de Setúbal, constava da lista de organismos que trabalha com o Alto Comissariado.
O responsável falou à Lusa à margem do III congresso europeu sobre "Uma justiça amiga das crianças", que está a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Além do ACM, também os Serviços de Informação da República Portuguesa receberam os alertas da associação há cerca de um mês, segundo avançou no final da semana passada à Lusa Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal.
A Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro, provocando o êxodo de mais de 13 milhões de pessoas, das quais 5,5 milhões para fora do país.
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