UE apela a transição "consensual" para a democracia na Guiné-Conacri
A União Europeia (UE) apelou hoje ao empenho de todos os atores políticos na Guiné-Conacri para a concretização "consensual" da transição para a democracia, proposta com um calendário de 39 meses.
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Mundo Guiné-Conacri
"Encorajamos o Comité Nacional para a Reconciliação e o Desenvolvimento (CNRD, no poder) e todos os atores políticos a empenharem-se num diálogo político genuíno e inclusivo, a fim de conduzir este processo de transição de uma forma consensual", bem como as medidas necessárias para a aplicação "nas questões constitucionais e no quadro eleitoral", segundo um comunicado do Serviço de Ação Externa da UE.
A UE encoraja ainda "a continuação do diálogo com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)", manifestando-se disponível para contribuir "para uma conclusão pacífica, inclusiva e rápida da transição", após o anúncio de um período de três anos e três meses para que o país regresse a um regime democrático.
A junta militar que governa a Guiné-Conacri desde o golpe de Estado de 05 de setembro de 2021, nomeou ainda um Conselho Nacional de Transição, de 81 membros, para funcionar como parlamente até à realização de eleições.
O coronel Mamady Doumbouya tem sido o líder da Guiné desde setembro de 2021, após ter derrubado Alpha Condé, no poder durante 10 anos.
A Guiné-Conacri e o Burkina Faso, onde o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba tomou o poder no final de janeiro, durante um golpe que derrubou Roch Marc Christian Kaboré, mantido em prisão domiciliária desde então, foram suspensos dos organismos da CEDEAO e a Guiné foi atingida também com sanções económicas.
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