Armas nucleares na Ucrânia? Resposta de Lukashenko (não) surpreende
O aliado de Putin disse, em entrevista à AP, que também não estava à espera de que esta guerra se "arrastasse" durante tanto tempo.
© Reuters
Mundo Rússia/Ucrânia
O presidente da Bielorrússia admitiu que não esperava que a invasão das tropas russas se "arrastasse desta forma".
As declarações foram feitas em entrevista à Associated Press, publicada esta quinta-feira. Alexander Lukashenko não deixou, no entanto, de defender a invasão à Ucrânia, dizendo que o Kremlin agiu por causa das "provocações" de Kyiv. O governante acusou ainda Volodymyr Zelensky de receber ordens dos Estados Unidos.
"Não é Zelensky quem governa a Ucrânia agora - sem ofensa, é o meu ponto de vista, talvez esteja errado", disse, referindo-se a Joe Biden.
O 'vizinho' e aliado de Putin mostrou-se contra o uso de armas nucleares sem nunca dizer se Vladimir Putin lhe tinha ou não confidenciado os seus planos quanto a um eventual uso deste tipo de armamento.
"[O uso de armas nucleares na Ucrânia] é inaceitável porque estão mesmo ao nosso lado - nós não estamos do outro lado do oceano como os Estados Unidos", disse Lukashenko.
Durante a entrevista, que durou cerca de 1h30, Lukashenko reforçou a ideia de que não estava envolvido neste conflito - apesar de as tropas russas terem invadido a Ucrânia por território bielorrusso e de para lá terem sido levados os militares russos que abandonaram a central nuclear de Chernobyl -, dizendo que não estava "suficiente incluído para dizer se está tudo a correr de acordo com o plano".
O líder bielorrusso apoiou publicamente Vladimir Putin ao longo destes 71 dias de guerra na Ucrânia, no entanto, defendeu que o seu país apoiava a paz e disse que não queria nenhuma guerra.
"Nós não aceitamos nenhuma guerra. Fizemos e estamos a fazer tudo para que não haja uma guerra", considerou.
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