Reino Unido congela ativos de grupo siderúrgico com ação na Rússia

O governo britânico anunciou hoje que congelou os ativos do grupo siderúrgico Evraz, com sede em Londres, mas que atua principalmente na Rússia e do qual o magnata russo Roman Abramovich é o principal acionista.

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© Andrey Rudakov/Bloomberg via Getty Images

Lusa
05/05/2022 22:29 ‧ 05/05/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A Evraz "opera em setores de importância estratégica" e produz "28% de todas as redes ferroviárias russas e 97% das estradas do país", o que "é de suma importância, pois a Rússia usa as ferrovias para transportar material militar e tropas para o confronto na Ucrânia", disse o Executivo britânico em comunicado.

"O principal negócio da Evraz está na Rússia, onde é um grande empregador", segundo o Governo, que acredita que colocar a empresa na sua lista de entidades sancionadas "vai dissuadir ainda mais as empresas que operam em setores estratégicos" em território russo.

Contactada pela agência de notícias AFP, Evraz não reagiu de imediato no final de tarde de hoje.

Roman Abramovich foi colocado na lista de sanções do Reino Unido no início de março, levando à renúncia de quase todo o conselho de administração da Evraz.

Mas desde então, a empresa argumentou em várias ocasiões que o magnata russo, acionista "significativo" com 28,64% do capital, já não controlava o grupo.

Evraz também negou "a afirmação de que está ou esteve envolvida" em ações "que pudessem contribuir para desestabilizar a Ucrânia ou minar ou ameaçar a integridade territorial, soberania ou independência" daquele país do leste europeu.

A siderúrgica rejeitou de forma notável uma menção nos documentos do Governo britânico relativa às sanções contra Abramovich, indicando que a empresa "eventualmente forneceu aço ao Exército russo que poderia ter sido usado para a produção de tanques".

O Reino Unido disse hoje que sancionou mais de 1.000 pessoas e mais de 100 empresas desde a invasão russa da Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia disposta a parar trânsito de gás russo se Europa decretar embargo

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