Austrália garante continuar a ser "parceiro de eleição" das Ilhas Salomão
A Austrália garantiu às Ilhas Salomão que continua a ser um "parceiro de eleição", em conversações com o arquipélago do Pacífico, na sequência da assinatura de um acordo de segurança com a China.
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Mundo Ilhas Salomão
"Reiterámos a nossa profunda preocupação com o acordo de segurança da China e a sua falta de transparência", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, no final de uma reunião com o homólogo das Ilhas Salomão, Jeremiah Manele, em Brisbane, na sexta-feira à noite.
"Concordamos que a Austrália continua a ser o parceiro de segurança de eleição para as Ilhas Salomão", acrescentou Payne.
A assinatura de um pacto de segurança entre as Ilhas Salomão e a China, no mês passado, desencadeou preocupações em Camberra, aliado tradicional das Salomão, e em Washington, por temerem que o acordo permita a Pequim estabelecer uma presença militar no arquipélago, a dois mil quilómetros da Austrália.
Os pormenores do acordo não foram divulgados, mas um projeto previa destacamentos navais chineses para o arquipélago.
Na terça-feira, o primeiro-ministro das Salomão afirmou, no parlamento, não existir "qualquer preocupação" com o pacto de segurança, lamentando a "contínua falta de confiança" de outros países.
Sem nomear a Austrália, Manasseh Sogavare disse existir um "risco de intervenção militar" por parte de países que podem considerar em risco os seus interesses nas Salomão.
"Precisamos de ser calmos e moderados ao lidar com estas questões", afirmou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, aos meios de comunicação australianos na quinta-feira.
Sogavare garantiu que o pacto com Pequim foi assinado porque, em novembro, durante motins ocorridos no arquipélago, as forças de manutenção da paz enviadas pela Austrália e por outras nações do Pacífico, mostraram-se incapazes de proteger a embaixada da China e a comunidade chinesa nas Salomão.
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