"Digamo-lo novamente. Os países da NATO não planearam atacar a Rússia. A Ucrânia não planeou atacar a Crimeia. Os militares russos morrem não a defender o seu país, mas a tentar ocupar outro", escreveu o conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podolyak na rede social Twitter.
"Não havia razões racionais para esta guerra a não ser as doentias ambições imperialistas da Rússia", acrescentou Podolyak, citado pela agência espanhola EFE.
Trata-se da primeira reação de Kiev ao discurso de hoje do Presidente Vladimir Putin na Praça Vermelha, em Moscovo, que assinalou os 77 anos da vitória sobre a Alemanha nazi, em 1945.
Putin disse que a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, foi uma "resposta preventiva" à ameaça da NATO e do Ocidente contra Moscovo.
Segundo Putin, foi uma "medida necessária" e a "única possível" perante a situação.
"Vemos como se mobilizaram as infraestruturas militares, como centenas de especialistas estrangeiros trabalharam na Ucrânia e como os estavam a abastecer com armamento da Aliança Atlântica", afirmou.
Putin disse que, em dezembro de 2021, a Rússia apelou ao Ocidente para um "diálogo sincero" e para "procurar soluções razoáveis e compromissos para o bem comum", mas que os países da NATO não quiseram ouvir.
"Significava que, de facto, tinham planos completamente diferentes", justificou.
A Rússia e a Ucrânia pertenciam ao mesmo Estado, a União Soviética, quando o regime nazi de Adolf Hitler foi derrotado na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mas estão em guerra 77 anos depois.
Além de se desconhecer o número de baixas civis e militares, a guerra na Ucrânia provocou mais de 5,5 milhões de refugiados, a prior crise do género na Europa, precisamente desde a Segunda Guerra Mundial.
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