Uma jornalista da Al Jazeera, a palestiniana Shireen Abu Akleh, foi morta esta quarta-feira pelas forças israelitas durante uma rusga do exército na cidade de Jenin, no norte da Cisjordânia, disse hoje o Ministério da Saúde palestiniano, citado pela Al Jazeera.
A repórter morreu baleada na cabeça, enquanto outro colega jornalista, Ali al Samudi, foi ferido com uma bala nas costas e está estável.
Ambos estavam a usar coletes de imprensa. Shireen trabalhava para o meio de comunicação desde 2000 e era conhecida por estar sempre presente nas crises que marcam o conflito.
A morte foi declarada no hospital.
O exército israelita disse que durante uma rusga ao campo de refugiados de Jenin, "suspeitos armados" abriram fogo sobre as forças de segurança e atiraram explosivos, levando os oficiais a disparar em resposta.
"O exército está a investigar o que aconteceu, em particular a possibilidade de uma jornalista ter sido atingido ", disseram.
As forças de segurança israelitas intensificaram, no último mês, os ataques e "operações antiterroristas" na Cisjordânia, particularmente na área de Jenin, em resposta a uma onda de ataques em Israel, desde o final de março, e na qual morreram 18 pessoas.
Por seu lado, a Al-Jazeera acusou Israel de ter "assassinato a sangue frio" a jornalista Shireen Abu Akleh.
"Num trágico assassínio premeditado que viola as leis e as normas internacionais, as forças de ocupação israelitas mataram, a sangue frio, a nossa jornalista, Shireen Abu Akleh", indicou, em comunicado, a rede internacional da Al-Jazeera, com sede em Doha.
O produtor da Al-Jazeera, Ali al-Samudi, também foi "atacado ao ser atingido nas costas durante a cobertura e agora está a receber tratamento", acrescentou. Os dois jornalistas estavam identificados como "imprensa" nos coletes que envergavam.
"Condenamos este crime atroz", pelo qual "responsabilizamos o Governo israelita e as forças de ocupação", acusou a cadeia do Catar, no comunicado.
A Al-Jazeera apelou à comunidade internacional para que "condene e responsabilize as forças de ocupação israelitas por atacar e matar deliberadamente a colega Shireen Abu Akleh".
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