Ucrânia. Berlim avisa que consequências da guerra vão durar 100 anos
A Ucrânia terá de "lutar durante 100 anos" contra as consequências da atual guerra, alertou hoje o chanceler alemão, Olaf Scholz, traçando um paralelo com os efeitos da II Guerra Mundial no seu país.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
"As pessoas que vivem na Alemanha sabem que ainda continuam a ser descobertas bombas que caíram durante a II Guerra Mundial e que as ameaças de bombas se mantêm", disse Scholz, em conferência de imprensa hoje realizada em Berlim.
"A Ucrânia terá, portanto, de se preparar para lutar durante 100 anos contra as consequências desta guerra", avisou.
"Sabemos que estas guerras têm consequências longas, todas as bombas que são lançadas agora permanecerão [no solo do país] durante muito tempo", acrescentou o chanceler, sublinhando que os países ocidentais terão de "trabalhar juntos para a reconstrução" da Ucrânia.
Na Alemanha são frequentemente descobertas bombas não detonadas, nomeadamente durante obras, apesar de já terem passado 77 anos desde o fim da II Guerra Mundial.
Em dezembro passado, uma bomba com cerca de 250 kg explodiu num estaleiro de obras, perto da estação de comboios de Munique, no sul da Alemanha, ferindo quatro pessoas e interrompendo o tráfego ferroviário.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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