Segundo anunciou hoje a MSF, os dois novos resgates foram feitos na noite de quarta-feira e retiraram 67 migrantes de uma embarcação de madeira e outros 29 de uma outra embarcação que estava à deriva.
Nos últimos quatro dias, o navio humanitário "Geo Barents" resgatou 470 pessoas.
Após as últimas operações, o coordenador geral da MSF, que está a bordo do "Geo Barents", Juan Matías Gil, explicou, num vídeo enviado a partir do navio, que entre os resgatados há 27 mulheres e que 45% dos migrantes são menores, incluindo 10 crianças e dois bebés com menos de um ano.
O coordenador também denunciou que "os funcionários das plataformas de petróleo se recusaram a fornecer a localização exata das embarcações à equipa da MSF".
O "Geo Barents" voltou ao Mediterrâneo depois de ter efetuado o desembarque de 101 migrantes resgatados na semana passada no porto de Augusta, na Sicília.
Além disso, o navio "Sea Watch 4", da organização não-governamental (ONG) homónima, também tem, há vários dias, 145 pessoas a bordo, após vários resgates, tendo apelado através das redes sociais para que seja atribuído um porto seguro para o desembarque.
"Depois de vários dias no mar, estas pessoas precisam de desembarcar e ir para um local seguro", acrescentou.
Um terceiro navio humanitário, o "Sea Eye 4", da organização alemã com o mesmo nome, também navega no Mediterrâneo central com 34 migrantes resgatados de um porta-contentores após quatro dias no mar.
Nos últimos tempos, e perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, Itália tem assumido todo o fluxo de migrantes da rota central do Mediterrâneo, uma das rotas migratórias mais mortais, que sai da Líbia, Argélia e da Tunísia em direção aos territórios italiano e maltês.
Desde o início do ano, segundo dados atualizados até 11 de maio, 12.165 migrantes chegaram às costas italianas.
Leia Também: GNR resgata 14 migrantes em Itália